por Pinto da Silva....
Não pude ir assistir à última reunião da Assembleia de Freguesia. Mas lá não estando “de jure” nem “de factu”, estive presente no destilar de parvoíce e de jactância do que está a presidente da junta de freguesia, e, não só, mas sobretudo a pretexto do inacabado percurso do calvário. Disse então ele que aquele terreno não é, hoje, da freguesia, por que eu (não pronunciou o meu nome que lhe queimaria a cinoglossa) me teria intrometido em eventual negociação. Não precisarei de me defender de tamanha aleivosia, tão parva que ela é.
Não pude ir assistir à última reunião da Assembleia de Freguesia. Mas lá não estando “de jure” nem “de factu”, estive presente no destilar de parvoíce e de jactância do que está a presidente da junta de freguesia, e, não só, mas sobretudo a pretexto do inacabado percurso do calvário. Disse então ele que aquele terreno não é, hoje, da freguesia, por que eu (não pronunciou o meu nome que lhe queimaria a cinoglossa) me teria intrometido em eventual negociação. Não precisarei de me defender de tamanha aleivosia, tão parva que ela é.
Já disse uma vez e insisto. Tinha ocorrido a ocupação invasiva do espaço alheio há pouco e estava só em hipótese o recurso a queixa à justiça e, ao ser admitida essa possibilidade pelo dono do terreno invadido, estava eu e outro cidadão de S. Jorge, e, na tentativa de o desincentivar, usei a expressão: “Sr. Dr. Raul, os presidentes de junta passam e a nossa terra continuará”. Era minha convicção de que a negociação seria o caminho. Não tinha eu, ao tempo, a dimensão da grosseria e emproamento, aliados à ignorância, do (que está) a presidente de junta. Tinham já ocorrido ofensas feias e que não imagino quem as toleraria.
Como não tive influência nenhuma no processo, para contraditar o que vergonhosamente foi dito a meu respeito, peço licença ao Carlos Queiroz para lhe copiar o desagravo e dizer que quem disse o que disse em plena reunião da Assembleia de Freguesia de Caldas de S. Jorge, referindo-se a mim, “é vigarista, é desonesto, é aldrabão, é execrável”. Nem mais. Caberá aqui salvaguardar que nada tenho contra a presença de cruzes ou cruzeiros em espaços públicos. Deixei isso estampado em polémica com uma associação que dá pelo nome de “República e Laicidade” a propósito de cruzes nas escolas e outros lugares públicos. Mas não as quereria no meu quintal, e para estarem em espaço meu, só com minha prévia autorização. Logo sou contra cruzes em local privado, sem autorização ou contra a vontade do dono do local.
É falácia fazer referência a Actas onde se possa dizer que fulano ou sicrano deu ou deixou de dar o que quer que seja. Escrever isso, e provavelmente estará escrito, não representa coisa nenhuma. Faltou dizer quem escreveu, ou mandou escrever, e quem assinou tais actas. Supostamente suportado no “parece que” usou-se o terreno como se fosse próprio e, no seu natural direito, o dono recorreu à justiça que lhe deu razão e mandou que fosse retirado do terreno o que, indevidamente, lá fora posto. Neste caso, o (que está) a presidente de junta, não tendo em que se suportar, avançou para a ilegalidade. Acolitado, com fala alta e do alto, por quem não aturaria a ocupação de meio palmo de terreno seu. Bem prega Frei Tomás …
Mas, no caso da Rua da Carreira, há como suporte um documento cuja elaboração terá sido da responsabilidade do (que está) a presidente da junta, apôs-lhe a assinatura e, tendo iniciado o trabalho, não continuou, porquê? Já há bastante tempo se sabe. Depois de derrubar desnecessariamente um muro existente (mesmo que fosse para substituir deixava para quando tivesse a obra a andar), fez o corte, um bocado mais dentro do que onde tinham sido colocadas as estacas marcadoras (apanhou o dono fora do país!) e o que curou de fazer logo foi vender, ou ceder a amigos, a terra vegetal que pertencia ao dono do terreno. E fê-lo sem autorização, o que significa que “pegou sem o dono ver”, o que, traduzido, quer dizer que roubou. O dono ficou furioso e disse que, a vender por vender, venderia ele. E a obra está à vista. Porque não foi cumprido o trato, porque se agiu como se fosse dono e, neste caso, transgredindo o que ficou escrito, tudo parou. Se não tinha orçamento para a obra, esperava até ter. E, para o que foi feito, houve contrato? Ouviu-se outro empreiteiro?
E que dizer da vergonha de, sem consultar a Assembleia de Freguesia, ceder, ou arrendar, por muito, por pouco ou por nada, um espaço público (não propriedade do (que está) a presidente da junta)? Teria tido o mesmo comportamento se fosse outro o inquilino?
E o que poderá dizer do rasgo, início – e fim – de rua, a começar na Rua do Tojeiro? É sabido, porque público, que o dono do terreno, para o ceder, quis que lhe fosse feito o muro limitador. É sabido que o (que está) a presidente de junta disse, em reunião alargada, que pagaria o movimento de terras e o muro, mas que, na altura, a autarquia não tinha dinheiro. Mas o empreiteiro, presente na reunião, apresentou um orçamento de 4 000,00 euros e disse que, para a junta não faria a crédito. Um dos presentes terá dito que prestaria uma caução do valor orçamentado. A caução foi usada, o que significa que o trabalho foi todo pago pela caução. Mas, na Assembleia, o (que está) a presidente da junta disse bem alto que a Junta pagara a abertura (movimento de terras), o que significa que algo foi pago a dobrar. E quanto é que foi pago? A quem? O empreiteiro já tinha recebido. Será que recebeu a dobrar? Haverá explicação para isto? E foi pago em cheque, dinheiro, ou géneros? Houve contrato assinado? Foram consultados outros empreiteiros? E até se diz que a Junta terá pago tudo, todo o valor orçamentado. A quem? Ficou reflectido nas contas da Junta? E que critério terá a Junta para liquidar contas a fornecedores e prestadores de serviços? É em prazo estipulado a partir da prestação do serviço e igual para todos? É em função de contrato feito, e passado a escrito, para cada serviço prestado? Ou será em função de relações mais ou menos próximas com o (que está) a presidente da junta? Há quem se lamente dos não pagamentos.
Claro que fiquei satisfeito quando soube que membros da Assembleia de Freguesia estão a requerer documentos para formalizar pedido de inspecção às Contas da Autarquia, incluindo a saída do estipêndio acrescido ao (que está) a presidente da junta, situação que teria que ser posta previamente à apreciação da Assembleia de Freguesia para se dar cumprimento ao nº. 2 do artigo 17º. da Lei 5-A/2002. Será legítimo requerer-se que seja devolvido tudo o que foi recebido a mais. Os inspectores da IGAL logo dirão. E responda quem minimamente conhecer o trabalho exigido ao presidente nesta freguesia e conhecer o trabalho que efectivamente presta. Confirmo o que já disse. Trata-se de um esbulho. Um roubo, até que porventura legal.
Estou disponível para, sobre os temas aqui trazidos a lume, fazer debate com o (que está) a presidente da junta, onde quiser, moderado por quem ele quiser e quando estiver, se vier a estar, com vontade para isso.
José Pinto da Silva
Em tempo: Não verá o (que está) a presidente, na Assembleia, três pessoas (uma de cada grupo) capazes de abordar o Dr. Raul Silva e tentar uma negociação decente?
Não verá que perdeu a questão, e que tentar atitude pseudo habilidosa só atrasa o processo? Quando se convencerá de que só com autorização pode ocupar espaço particular?
7 comentários:
Sr. Pinto da Silva Vc não tem mesmo o que fazer se não implicar com a vida dos outros... atão agora para fazer uma obra de 4000€ é preciso assinar um contrato??? par prestar serviços a Junta é preciso assinar contrato??? ora bem tanto quanto sei os contratos ou concursos terão que haver mas para valor superiores a 25 mil euros e isso nem para lá caminha... e tem mais pelo que vejo a junta das Caldas prima por dar trabalho aos da freguesia... não percebo qual é a sua dor...
O anónimo das 10:08 não percebe nada de contratos.uma coisa é obrigatoriedade de concursos públicos até essa quantia a que se refere e outra são contratos que que se fazem em trabalhos mais pequenos.Mesmo que se façam por administração directa tem que haver facturação de suporte a esses trabalhos.
de factu de jure aleivosia jactância e cinoglossa isto só para abrir o apetite logo nas primeiras 7 linhas, o que será que irei encontrar se LÊR MAIS ? Já não há pachorra Pintinho, quem quiser que te ature.
Também eu me assustei, mas continuei e é de leitura fácil e acessivel mesmo para recém-formados pelas novas oportunidades. É pena o autor escrever ao mesmo tempo e do mesmo modo para o JL-Jornal de Letras e para uma Folha Paroquial. Cést diferent como diria o Voltaire.
Com efeito, não há lerdice para suportar esta personagem.
Cada vez que escreve algo, só se enterra a si, cada vez mais. Com a agravante de querer levar os outros consigo.
E não consigo compreender porque razão teve necessidade de se vir desculpar, nem como consegue saber tão em detalhe, todos os pormenores da referida assembleia. Que eu saiba a acta ainda não foi distribuida.
Serão os elementos do partido em causa, obrigados a relatar-lhe tudo?! - Provavelmente estarão obrigados à entrega de relatórios ao seu chefe supremo!
Lamento sentir-me forçado a responder aos que designo "sem cara e sem nome", mas as besteiras são de tamanho tão sem medida que vou tentar iluminar alguns deles, se é que não é sempre o mesmo.
De facto~, qualquer trabalho que se entregue deve ser objecto de contrato para especificar as condições de execução (volume de obra, caracteristicas dos materiais, tempo de entrega, condições de pagamento, etc., mesmo que não seja obrigatório o concurso público. Mas deveria SEMPRE haver consulta a outros prestadores de serviços. Ou não? Por sinal, no caso em discussão, (dos € 4 000,00) o prestador não é da freguesia).
Para o outro, o da "lerdice" cujo significado dá ideia que não conhece, não senti necessidade de me desculpar de coisa nenhuma, nem me desculpei e quanto ao saber do que se passa nas Assembleias de Freguesia, fácil é saber-se, seja pelos membros da mesmo cor política ou dos outros. E se me contam, não é por obrigação, até porque quem lidera é outra pessoa e, felizmente, bastante sabedora.
AH! foi pena que os ilustres críticos tenham só abordado o secundário, esquecendo o primordial. Bem ou mal escrito, o importante foi a denúncia de irregularidades que eu não me importo de discutir em público com quem quer que seja.
José Pinto da Silva
Esqueci-me de lembrar ao que se assina como José Carlos que as palavras que refere e que lhe terão causado engulho não foram por mim inventadas. Devo tê-las lido ou ouvido algures. Bastará que me diga, se porventura sabe, se tais palavras foram colocadas no local certo em cada frase. Se não tem pachorra, pois que lhe saiba bem.
José Pinto da Silva
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