11 outubro, 2010

o Mundo das Maravilhas

“(..)É que eu estou fortemente vacinado contra a estupidez, a prepotência, a pesporrência, a ignorância e mesmo contra a malcriação, até de presidentes de junta(..)”
por Pinto da Silva

Está já no mercado o novo livro de autoria do nosso conterrâneo Joaquim Magalhães Castro. Quim-Quim para os mais próximos.

Trata-se de obra resultante da procura das maravilhas deixadas nos quatro cantos do mundo pelos portugueses de antanho, trabalho que assumiu com responsabilidade e que desempenhou com a acuidade a que nos habituou e que conhecemos bem a partir das duas obras anteriores. (Mar das Especiarias e Viagem ao Tecto do Mundo). 

Desta vez, foi cenário da sua saga viageira dois países da América do Sul (Uruguai e Brasil – do Rio Grande do Sul até ao Amazonas) e outros do leste da África (Moçambique, Tanzânia, Quénia) e o Sultanato de Omã, no golfo do mesmo nome e na entrada do golfo Pérsico. 

Não é só um livro de viagens, como é costume ler-se. É verdadeiramente um repositório da monumentalidade das terras, com destaque para o património edificado por portugueses, das paisagens tão exóticas como variadas, da vida e costumes, antigos e actuais, das gentes que povoam e dão vida a esses mundos. 

Está o livro no mercado, antes, portanto, de ser apresentado naquela cerimónia que costuma ser repetida em diversos locais, porque parece ser ainda uma das melhores maneiras de divulgar a obra. 

Ficamos habituados a que o autor proporcione uma sessão de apresentação cá na terra, a última das quais foi objecto de um episódio rocambolesco, consubstanciado na ausência do presidente da junta de Freguesia, numa atitude de puro amuo, ou pior do que isso. Disse ele na Assembleia de Freguesia de Junho – está na Acta a que acedi – que “foi o primeiro a tomar medidas para a apresentação, mas que dias antes alguém alterou tudo sem o informar e, não concordando com a forma como ia ser apresentado, não compareceu”. Isto o que diz a Acta que ele disse. Só que não é verdade. A apresentação em Caldas de S. Jorge foi, pela primeira vez, falada entre o autor e eu próprio, no dia da apresentação na feira do livro do Porto e nessa altura ficou claramente clarificado que era vontade do autor que fosse EU a fazer a apresentação. Logo, pode o presidente da junta ter tomado medidas, mas não foi o primeiro e pode ter havido alterações ao programa, mas ninguém alterou, nem pensou alterar, o apresentador. EU estive disponível SEMPRE. A única coisa que não aceitou foi o APRESENTADOR. 

A questão foi toda outra. O presidente da junta descaiu a alguém, que contou a alguém que me contou a mim, que não se sentaria na mesa onde eu estivesse. Logo a razão da sua ausência foi a minha presença e o ser eu o apresentador da obra. De resto, foi devido à minha presença que, de forma absolutamente à sua pequena medida, disse, acho que ao Pároco e à Professora Mafalda, que a Junta de Freguesia não pagaria o almoço ao grupo que presidiu à cerimónia. Autor incluído. “Acha que eu pago o almoço àquele tipo”. Terá vomitado. 

Lanço-lhe, aqui e agora, um desafio. Que se proponha ser o apresentador deste novo livro, desde que o autor o aceite, e garanto que, se tiver oportunidade, ou for convidado, lá estarei para assistir e não terei qualquer problema em, eventualmente, sentar-me na mesma mesa. É que eu estou fortemente vacinado contra a estupidez, a prepotência, a pesporrência, a ignorância e mesmo contra a malcriação, até de presidentes de junta. E não terei nenhum problema em tomar nova dose, se sentir que não estou totalmente imune. Sem prejuízo de colaborar na organização do evento. Aceitarei, de muito bom grado, o apresentador que o autor aceite ou escolha.

14 comentários:

canudo caldense disse...

Duvidavam? É masoquista ou não é? Éééééé...sim senhor. E vaidoso, também. O Quim-Quim para os intimos é que já deve estar cheio com tanta intimidade. E não é para menos, que estas coisas, precisam de tudo menos de controvérsia, mas o Pintinho onde mete o bedelho ,sai zurrapa. Presunção e agua-benta, não sabe o que é.Não misture as coisas, seja amigo do autor e inimigo do presidente. Não os misture. O presidente não tem culpa de não ter a sua estatura a nivel de competências literárias, mas já as teve para ter o voto maioritário dos caldenses. O senhor sabe como ficou quando se meteu nessas alhadas eleitorais. O povo não o quiz. Não é verdade. E é aqui que está o busilis, voçê acha que a terra não o merece. É um ser superior. Nunca foi, nunca irá a lado algum. A culpa é sua.

Anónimo disse...

Eu que gasto cerca de seis por cento do meu rendimento mensal em livros, " é o meu vicio" espero que seja uma boa obra.
Agradeço ao Shrek, pela divulgação aqui trasmitida, ainda que motivada pela habitual lamentável controversia do pintinho.

Anónimo disse...

Está visto que este senhor pinto, o que quer é protagonismo, e consegue.
Consegue, e já conseguiu, um protagonismo que eu não desejaria nem para mim, e muito menos para um dos meus.
Por estas palavras que profere acerca dos outros, que são nada mais nada menos, mas aquilo que melhor o caracteriza. (...........É que eu estou fortemente vacinado contra a estupidez, a prepotência, a pesporrência, a ignorância e mesmo contra a malcriação, até de presidentes de junta(..)”
por Pinto da Silva......
Ora suponho que quando disse isso se estivesse a ver ao espelho.
Toda a polémica que no momento o envolve, espelha bem serem essas as suas caracteristicas pessoais.
Sr pinto, faça uma pausa e uma auto-reflecção sobre as suas actitudes, que está mais que na hora.
É tempo de curar essa revolta contra tudo e contra todos. Não fica bem a ninguêm.

José Pinto da Silva disse...

Ao anónimo, direi que é uma boa obra. Bem escrita e coloca-nos nos locais por ele visitados.
Ao CANUDO Caldense só posso dizer que é mesmo oco, ou simula muito bem.
O tratamento Quim Quim é para os mais próximos, algo diferente dos mais íntimos. O âmbito será um pouco mais lato.Eu serei próximo e não íntimo. Serei sobretudo admirador.
Não fui eu quem meteu bedelho. O bedelho foi metido por quem, malcriadamente, não respeitou a vontade do autor do livro, autor que ele, supostamente, quereria "louvar" O Canudo terá, talvez, visto que o importante da questão foi, primeiro a mentira dita em Assembleia de Freguesia e a indelicadeza para com o autor, a organizadora e outras pessoas que estavam à frente do programa. Quanto a mim, estou supinamente alheado do que possa ele pensar de mim.
Ah! já vi muitos salafrários serem preferidos a gente com valor. Por muitos lados deste país. No Brasil, o deputado mais votado está em risco de ser preso por vigarice. Ouviu a história do Tiririca? É o que se diz de populismo. E também não ligo grandemente ao meu resultado eleitoral.

Pinto da Silva

Anónimo disse...

Está já confirmado, a próxima feira mediaval vai ser efectuada nas Caldas de São Jorge, dada a grande quantidade de guerrilheiros com métodos de luta mediaval, o que permitirá uma significativa economia nos gastos com figurantes e também indumentárias.
Bora lá p'rás Caldas com todas as armas mediavais.

Tristinho disse...

Estou tramado, não me bastava ter de comprar um descodificador para circular nas secutes, agora vou ter de comprar um cabaço de tirar água da coba, para circular nas Caldas de São Jorge.

CANUDO CALDELAS disse...

Maus pensamentos Pintinho, sei bem a diferença entre intimo e mais chegado. Não insinuei sequer. Doeu-se sem razão. Quanto ao resto já viu que aqui estão uns comentários muito educadinhos e muito certeiros? Não é tudo zurrapa. Sei que é dificil mudar mas im jeitinho, vá lá.

Anónimo disse...

Ó tristinho água-da-coba na minha terra é me*da mesmo.
Não é água do municipio de Santa Maria Da Feira.

Anónimo disse...

Ó tristinho dá-te à calma. Compra lá o descodificador para andar nas scuts, e guarda o dinheirinho mas é para comprar o dito livro, que esse sim vale a pena.
Até porque eu acho uma óptima sugestão para adicionar às minhas prendas de Natal.
Quanto à troca de galhardetes do Pinto Silva e do Canudo, não te preocupes com a peixeirada, são dois peixes com o mesmo sabor, devem sofrer de flautolência e tem os dois o mesmo cheiro, mas o tempo vai virar e arrefecer, e, o cheiro passa.

Castro Guedes disse...

Polémicas à parte, vamos por partes. "Intimo" e "mais chegado", perdoe-me, é a mesma coisa. Levar isso para o sexyapeal, é mesmo da sua conta. Quer um exemplo de intimidade? Tratar por tú.O que devia ser uma coisa sã, a apresentação de um livro, a volta que deu e só, porque o senhor, extravazou a coisa, para o pessoal, fulanizando. Não gosta deste presidente, já percebi, como você, dezenas de caldenses. Só que, não gosta deste e nunca gostou de nenhum. Acha-se predestinado para o lugar, não digo que não, mas o povo, não pensou assim. Custa mas são os custos da democracia. Pode-se mudar quase tudo, de povo, não.
Traz o tiririca à coação, como a dizer que o zé povinho, não é fiavel. E não. Sabe que o Tiririca disse que com ele pior não fica. Lá está, você é o contrário dêle. Pensaram os caldenses, com este, fica mesmo pior. Não reconhecerem os seus méritos, que não nego. Mas que quer, o povo é burro.

José Pinto da Silva disse...

Respondo ao Sr. Castro Guedes. Não o conheço, ou não ligo o nome à pessoa, mas quero lembrar que utilizei o termo "mais próximos" e não mais chegados, pelo que tentou levar a ideia para outro campo. Tratar por tu não é intimidade e será, segundo o meu ponto de vista, proximidade. Posso exceptuar pessoas de família chegada.
No comentário que fez acho muito estranho que não tenha feito uma alusão ao facto, real, de o presidente da junta ter mentido na Assembleia de Freguesia e ao facto de, sendo ele o representante da autarquia, não ter ido representá-la num evento em que chegou a querer envolver-se e que teve lugar em espaço público. Ao facto de, na sua qualidade, dizer que se recusava a sentar-se em determinada mesa, em representação oficial, independentemente de quem nela estivesse, desde que fazendo parte do grupo e, na circunstância, teria que estar por ser o apresentador designado pelo autor. Se tivesse algum sentido de responsabilidade, invocava qualquer indisponibilidade ter-se-ia feito representar por um dos membros do executivo, um dos quais estava na sala como assistente e que ele, presidente, tentou fazer sair, mesmo estando ele só como assistente e não em representação de ninguém, senão dele, enquanto cidadão. Não lhe teria ficado bem mais bonito dizer que a junta não tinha verba para o almoço, do que dizer que não pagaria aos outros por eu estar na comitiva? Estranho que isso não tenha sido observado.
Reconheço-lhe a legitimidade para o exercício do cargo, porque se há quem se não engane é o eleitorado. Mas todos e cada um ficam também com legitimidade para discordar da forma como a legitimidade do eleito é exercida e, portanto, de criticar. O que eu tenho feito e farei sempre que me pareça que coisas são mal feitas.
Que não gosto dele? Não gosto, mas parece-me que o "desamor" é recíproco e pergunto-me qual gosta menos de quem.
Não me considero predestinado para coisa nenhuma, nem tenho pelo cargo uma apetência muito especial.
Fiz referência ao Tiririca só para dizer que houve figuras ilustres no Brasil que não foram eleitas deputados federais, e um fulano que, ao que se diz, fez fraude na candidatura e corre o risco de ser detido, diz-se que é analfabeto, foi o mais votado. Será eleitoralmente normal? E quantos casos temos tido por cá? quiçá não tão espalhafatosos!

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Sr Pinto Silva, desta vez, Gostei.

Anónimo disse...

Sôr Pinto da Silva,o interesse era falar do livro mas você gosta de se pôr em bicos de pé que havemos de fazer e lá se foi a oportunidade. É que este assunto, muito pessoal, já o sr. o tinha aqui trazido, voltou ao ataque. Pura perda de tempo. Arranje um bom assunto para aqui ser debatido e arrume-se. OK?

José Pinto da Silva disse...

Quem se não interessou pelo livro foram todos os comentadores. Menos um.

José Pinto da Silva