11 outubro, 2010

PCP lamenta Nobel da Paz para dissidente chinês

Os nossos estimados amigos “comunas” saíram-me cá uns humoristas que até os “gatos fedorentos” se sentem envergonhados!  

"É, na linha da atribuição do prémio Nobel da Paz de 2009 ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mais um golpe na credibilidade de um galardão que deveria contribuir para a afirmação dos valores da paz, da solidariedade e da amizade entre povos", refere ainda o PCP.

in TVI

A atribuição do Nobel da Paz a Liu Xiaobo é “mais um golpe na credibilidade” do prémio. O Partido Comunista Português toma uma posição conforme a linha assumida por Pequim. Ainda nas reacções à atribuição do Prémio Nobel da Paz, o Dalai Lama criticou a reacção da China dizendo que “não aprecia as opiniões diferentes”. Uma delegação da União Europeia foi impedida de visitar a mulher do galardoado, entretanto em prisão domiciliária.

A atribuição do prémio Nobel da Paz deste ano ao dissidente chinês Liu Xiaobo é "inseparável das pressões económicas e políticas dos EUA à República Popular da China", observa o PCP no primeiro comentário sobre a escolha do Comité Nobel. 

"É, na linha da atribuição do prémio Nobel da Paz de 2009 ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mais um golpe na credibilidade de um galardão que deveria contribuir para a afirmação dos valores da paz, da solidariedade e da amizade entre povos", refere ainda o PCP. 

Além de Liu Xiaobo, foram distinguidos com o Nobel da Paz Barack Obama (2009), Kofi Annan (2001), Ximenes Belo e José Ramos-Horta (1996), Nelson Mandela e Frederik Klerk (1993) e Aung San Suu Kyi (1991)e o Dalai Lama (1989). 

Pequim “não aprecia as opiniões diferentes”

O Dalai Lama criticou a reacção da China à atribuição este ano do Prémio Nobel da Paz ao activista pelos direitos humanos Liu Xiaobo. Detido desde Dezembro, pela terceira vez, o homem foi informado pelos guardas prisionais que tinha vencido o Prémio Nobel e a sua mulher posta em prisão domiciliária.

Pequim considera que a atribuição do Nobel a Liu Xiaobo “é totalmente contrária aos princípios deste galardão” e ameaçou que as relações com a Noruega poderão ser prejudicadas.

A atitude do Governo de Pequim revela que “não aprecia as opiniões diferentes” e “deve mudar”, declarou o líder espiritual tibetano à agência japonesa Kyodo, no aeroporto de Tóquio, em trânsito para os Estados Unidos.

Galardoado com o mesmo prémio em 1989, o Dalai Lama considera que fomentar uma sociedade aberta “é a única maneira de salvar todo o povo chinês”.

A oposição à ocupação da China pelo Tibete é uma das causas de Liu Xiaobo. O Comité Nobel decidiu atribuir-lhe o Nobel deste ano pela sua acção em defesa dos direitos humanos em por, há mais de 20 anos, promover uma mudança democrática pacífica.

Diplomatas da União Europeia impedidos de visitar mulher de laureado

O primeiro secretário político da delegação da União Europeia na China foi impedido de encontrar-se com a mulher do dissidente chinês Liu Xiaobo, condenado a 11 anos de prisão por “subverter o poder do Estado”. O objectivo da visita era entregar uma missiva de felicitações do presidente da União Europeia, Durão Barroso.
O contingente policial à entrada do edifício de apartamentos impediu a entrada de Simon Sharpe, juntamente com diplomatas de 10 embaixadas, incluindo Austrália, Bélgica, Itália, Hungria, Polónia, República Checa, Suécia e Suíça. 

Mulher em prisão domiciliária

O laureado com o Nobel da Paz deste ano, com 54 anos, soube da notícia pelos guardas da prisão tendo sábado recebido a visita da mulher. A Liu Xia, transmitiu que dedicava o prémio às vítimas do massacre de Tiananmen. O ex-professor de Literatura da Universidade Normal de Pequim tinha viajado propositadamente dos Estados Unidos para participar na manifestação de 1989.

Numa declaração divulgada pela organização Freedom Now, a mulher de Liu Xiaobo declarou ontem encontrar-se em prisão domiciliária desde sexta-feira e que o seu telefone foi danificado de modo a não poder fazer ou receber chamadas. Está ainda impedida de receber familiares ou a comunicação social, apesar de sobre ela não pender qualquer acusação ou mesmo condenação.
Mensagem para Macau

“A atribuição do prémio tem implícita uma mensagem do mundo de que a China precisa melhorar a protecção dos direitos humanos e trabalhar para um progresso pacífico e racional do sistema político no sentido da democracia", declarou o deputado do Novo Macau Democrático Ng Kuok Cheong.
Nesse sentido, a distinção a Liu Xiaobo "deverá servir de estímulo à população de Macau, enquanto Região Administrativa Especial da China, para que lute mais afincadamente pela democracia e implementação do sufrágio universal". 

Ng Kuok Cheong nota que “estas são as mesmas reivindicações do movimento democrático de Tiananmen, que Liu Xiaobo também integrou. O que se reivindicava em 1989 era o mesmo de hoje, um desenvolvimento político pacífico", acrescentou.

2 comentários:

Rothschild disse...

Um partido anti democrático, apoiante de regimes repressivos, com tiques de tirania. Um partido apoiante dos campos de trabalhos forçados na Coreia do Norte e apoiante da prisão política dos opositores chineses. Tenham vergonha do vosso cartão de militante!!! Tenham vergonha meus senhores!!!!

Anónimo disse...

Como é possivel existir em Portugal um partido comunista com estas ideias tão antiquadas e agarradas à politica de opressão da Coreia comunista?
Actualizem-se porque estamos num planeta livre onde cada um pode dizer o que lhe vai na alma!
Depois dessa frase ainda esperam que algum inteligente vote em vós?
E é assim que o Socrates volta a ganhar nesta república das bananas!