01 novembro, 2010

Uma experiência socialista em 1931...qualquer semelhança com a realidade será pura ficção?

Um professor de economia da Universidade de Texas Tech disse que raramente chumbava um aluno, mas tinha uma vez chumbado a turma inteira.

Esta turma em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo".

O professor então disse: "Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames."

Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma, e portanto, seriam "justas". Isto quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém chumbaria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores...

Logo que a média dos primeiros exames foi calculada, todos receberam 12 valores.

Quem estudou com dedicação ficou indignado, pois achou que merecia mais, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito contentes com o resultado!

Quando o segundo foi aplicado, o preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar boas notas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que também eles se deveriam aproveitar da média das notas.

Portanto agindo contra os seus princípios, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.

O resultado - a segunda média foi de 10 valores. Ninguém gostou.

Depois do terceiro teste, a média geral foi de 5 valores.

As notas nunca mais voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, procura de culpados e palavrões, passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma.

A busca de "justiça" dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.

No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar os outros. Portanto, todos os alunos chumbaram... para total surpresa!

O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela era baseada no menor esforço possível por parte dos seus participantes.

Preguiça e mágoa foi o seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", disse o professor, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar as coisas dos outros sem o seu consentimento para dar aos outros que não lutaram por elas, então o fracasso é inevitável."

O pensamento abaixo foi escrito em 1931.

"É impossível levar um pobre à prosperidade através de leis que punem os ricos pela sua prosperidade.

Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa tem de trabalhar recebendo menos.
O governo só pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém.

Quando metade da população descobre de que não precisa de trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegámos ao princípio do fim de uma nação.

É impossível multiplicar a riqueza dividindo-a"

Adrian Rogers, 1931

2 comentários:

Anónimo disse...

Naturalmente! Daí eu não me espantar com o facto de alguns administradores, alguns gestores, alguns...ganharem milhões e milhões e milhões. Eles são mais inteligentes que eu, que nós! Que fazer? Admitir a inteligência dos outros não é de socialista, pois não? As explicações que nós aceitamos, que temos como boas, mesmo que as mesmas nos reduzam, que nos menorizem, é de socialista?

Anónimo disse...

O Socialismo não tem nada que ver com isto.
Este suposto exercicio de 1931,que o ilustre "Lourus" aqui nos trouxe, encerra várias falácias que importa desmontar. Uma sociedade Justa e igualitária, não passa necessariamente pela imposição de um modelo de repartição no pressuposto de que este possa ser justo e igualitário quando na realidade ele é abusivamente discricionário.
O que o Socialismo reclama, não é por isso a repartição. È, isso sim, a igualdade de oportunidades no acesso a recursos básicos e fundamentais à condição humana, que é uma coisa substancialmente diferente.
Se pegarmos no exemplo do bacoco professor desta história, e a ser verdade o que aqui é relatado,conseguimos apesar de tudo, encontrar algumas formas de realização do Socialismo.
Quando o professor "ensina" à turma, na realidade ele está a disponibilizar recursos que depois,cada um dos alunos assimila da forma que acha mais conveniente, ou seja o aluno faz uso do seu arbítrio no processo de aprendizagem para, com mais ou menos esforço conseguir obter determinados resultados.
Nesse sentido, estaremos de acordo se afirmarmos que a repartição dos recursos é neste caso justa e igualitária. A relação da turma com o professor, e à falta de mais elementos, configura um exemplo claro de democratização do ensino.
È igualmente consensual admitirmos que a média de valores obtido pela turma não é na realidade um recurso que possa ser distribuido equitativamente por todos, mas sim um prémio de esforço, ou seja uma medida de distinção particular pelo trabalho que cada um destes alunos desenvolveu. Ora, esta noção como é óbvio, não colide em nada com o ideal socialista.
O esforço deve ser premiado, desde que os critérios de avaliação sejam eles proprios justos e equilibrados.
Quanto ao resto, tenho para mim que independentemente de qualquer experiencia seja com que modelo politico for, é inegável que nem todos podemos chegar a ser "altus e lourus" por muito que nos esforcemos.
É uma contingência inultrapassável.


bettencourt