15 abril, 2011

BE - Discriminação no Hospital S. Sebastião

O Hospital de S. Sebastião obriga os visitantes de utentes que estejam internados a pagar uma caução de 15 euros no levantamento dos cartões de visita. Esta exigência é uma clara discriminação de quem está economicamente mais frágil. O Bloco de Esquerda condena veementemente esta situação.

O pagamento da caução já originou várias queixas por parte de visitantes que não dispunham de meios financeiros para o pagamento. A resposta do Hospital perante estas situações é de uma enorme insensibilidade, procurando impedir a entrada dos visitantes. O Hospital S. Sebastião chegou a recorrer à polícia como forma de intimidação para com visitantes que discordavam deste pagamento. Isso mesmo aconteceu na tarde do dia 12 de Abril, com um cidadão do concelho de Ovar que quando ia visitar a sua esposa que estava internada, viu a entrada barrada por não ter possibilidade de pagamento. 

O Bloco de Esquerda considera inaceitável esta situação. O pagamento de uma caução de 15 euros para visitar utentes internados é incompreensível num contexto de crise económica e social, onde as famílias têm enormes dificuldades. Esta situação cria uma discriminação inadmissível entre aqueles que podem pagar e conseguem visitar os seus familiares e aqueles que não conseguem pagar e, por isso, se vêem impedidos de visitar os seus familiares. 

Em muitos outros hospitais o controle de acesso dos visitantes, apesar de ser realizado através de cartões de visita, apenas obriga ao depósito de um documento identificador. Assim, não se compreende as razões para o Hospital S. Sebastião ter uma prática diferenciada. 

O Bloco de Esquerda considera que esta situação deve ser rapidamente corrigida e esta discriminação eliminada. Não podemos aceitar que criem barreiras económicas ao direito básico dos familiares e amigos aos utentes internados. 

O deputado Pedro Filipe Soares, eleito do BE pelo distrito de Aveiro, já dirigiu um conjunto de perguntas ao Ministério da Saúde sobre esta situação. O deputado pede esclarecimentos da tutela sobre esta situação e exige uma responsabilização da administração do hospital perante esta discriminação.
O deputado Pedro Filipe Soares já questionou o Ministério da Saúde. Ler aqui as perguntas
 
Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda de Aveiro

7 comentários:

Bruno Costa disse...

Opps... não ia dizer nada, mas aconselho o BE a fazer uma tour por outros hospitais.
Caso único no HSS!? NÃO!!! E os métodos são muito diferenciados...

Anónimo disse...

aquele papel de fraca qualidade e o tamanho da capa de plástico custa um euro... e se alguém o perder é claro que tem que o pagar! Mas 5 euros não chega???

Alzira disse...

Isto acontece, porque quando não se deixava a caução os visitantes pura e simplesmente não entregavam os cartões, para não estarem a perder tempo!. A boa moda do Português "puro". Portanto ninguem paga nada só dá garantia! ainda sou do tempo de pagar!!.Não estou a ver o problema... mas??

Anónimo disse...

Pois, no caso de outros hospitais, que já tiveram práctica identica, foram obrigados a recuar nesta política de "caução" e a adoptar por outros meios de reaver os ditos cartões, sem prejuízo para o utente / visitante... Portanto nada que não se resolva!

Utente descontente disse...

O sistema é anacrónico ilógico.Um familiar tem de levantar os cartões(dois) e levá-los. Ora se um vive em Arouca e outro em Ovar, por exemplo, tem o de Ovar, no fim da visita, levar o cartão a Arouca para outro familiar ou amigo ter no mesmo dia ou noutro, não importa,poder visitar o doente.Os cartões deviam ser entregues na recepção das visitas, no cacifo do n.º do quarto ou enfermaria respectiva e quem chegasse levantava contra entrega de outro documento, B.I., por exemplo.Assim não se esquecia de entregar o cartão e não havia o incónodo da passagem dos cartões entre familiares ou amigos do internado.
Por que é que se complica tanto as coisas neste país?

Anónimo disse...

se o bloco se preocupasse com assunto mais sérios é que eu ficava admirado. Agora com estas questões já é típico do Bloco.
Alguém diz que se o familiar não deve ficar lesado por perder os cartões. Mas o hospital pode, o hospital somos nós contribuintes.
Concordo que deve existir um metodo de reduzir a quantidade de cartoes perdidos, e não vejo porque não possa ser o método de caução, até porque o valor não é exagerado.
O valor não representa apenas o custo do cartão, mas também os custos técnicos e administrativos inerentes à sua perda.
O Louça devia seguir o exemplo do seu camarada eurodeputado miguel portas, esse sim dá a cara e a voz por situações importantes.
Contudo, concordo com o comentário do UTENTE DESCONTENTE, e a solução apresentada também seria bastante válida. Saudações

Angie disse...

A isto chama-se: LADRÔES AUTORIZADOS....