19 junho, 2011

Estórias da Mesa nº1 – Parte III

É dos livros, não há duas sem três. Também é das estórias da mesa nº1. Aqui vai a terceira, então.

Esta não a sei localizar no tempo e no espaço, tenho dúvidas. Sei que foi há muitos anos, melhor direi, há muitas eleições, que já lhe perdi a conta e nem me lembro se foi passada na escola do Mirante, onde os primeiros actos eleitorais a seguir ao 25 de Abril tiveram lugar ou se no Centro Social, não importa.

Contou-ma o “Porto”, velho companheiro destas contabilidades eleitorais. É por demais conhecido em Canedo, o seu nome próprio, sei que começa por Alberto e mais nada. Tal como eu, já se reformou destas lides. Foi, numa daquelas tréguas em que os eleitores, por ausência, nos dão folga e aproveitados para convivermos uns com os outros, falando de tudo e até de estórias de dias eleitorais. Mas, descansem, não é como aquelas reuniões de caçadores ou pescadores, não, o “Porto”, não mente.

À frente da mesa, a tal, apresentam-se dois homens. Só um, o mais usado pela idade, se identificou para votar, o acompanhante, bastante mais novo é que falou. “O meu sogro vê muito mal, posso votar por ele?” A “confraria” eleitoral acedeu sem mais delongas, aquele OK não podia ser tão linear, mas estavam ali para facilitar e não complicar o voto. O duo lá se encaminhou para trás do biombo, para fazer as cruzinhas da ordem.
Foi então que tudo se precipitou e o nosso eleitor “cego” regressa à mesa todo espavorido reclamando um novo boletim, bramando: “ele não votou onde eu queria”.

PS- Esta é a terceira e última, daquelas que os nossos ilustres comentadores dizem conhecer e eu não conheço, só lhes peço. Continuem a sequela, pelo picante que dizem ter, devem ser giras.

1 comentário:

Anónimo disse...

Anda lá, não te faças caro, a gente sabe que tu sabes, tens é vergonha.