A cultura é, genericamente, uma emanação das aspirações, tradições e valores de um povo, pelo que a sua concretização sob as mais diversas formas é sempre bem-vinda, pois estimula a nossa percepção de "quem somos e de onde vimos".
Assim sendo, os Jovens Socialistas de Santa Maria da Feira defendem que a câmara municipal deve apoiar estas iniciativas culturais, desde que estejam salvaguardados, simultaneamente, cada um dos seguintes pontos:
1. Equilíbrio económico-financeiro da Câmara Municipal
2. As necessidades sociais e infra-estruturais básicas estejam asseguradas
3. A grande maioria dos destinatários atribua significado relevante às iniciativas
Estes três pontos são, para nós, a garantia da coerência e pertinência de qualquer evento cultural. Posto isto, é importante frisar o seguinte: a Câmara Municipal tem-se comportado como um falso rico que embora envernize os seus sapatos, não deixam de ter as solas rotas.
O município esforçou-se para criar uma imagem, no exterior, de progresso e elitismo. Desde que o ego da Vereadora da Cultura e de todo o restante executivo camarário social-democrata, fosse alimentado com expressões lisonjeiras sobre o trabalho feito na cultura...tudo bem. Infelizmente, para a grande maioria dos Feirenses, o ego da senhora vereadora e demais ilustres colegas, não contribui para a melhoria da qualidade de vida, nem atenua os
problemas sociais que se vivem no concelho. Não existam dúvidas; nunca como agora, o sapato foi tão envernizado e, ao mesmo tempo, está tão roto!
Como explica o executivo camarário que se tenham "investido", em 2010, no Imaginarius, mais de 133 mil euros (mais de 26 mil e seiscentos contos), por dia, num espectáculo que embora de grande qualidade, não chama atenção à generalidade dos seus habitantes? Como explicam que se realize um evento que suga a todos os munícipes de um concelho com trinta e uma freguesias, 26 mil e 600 contos por dia, e este se encontre exclusivamente concentrado na
cidade de Santa Maria da Feira? Como explicam que se esbanjem 26 mil e 600 contos, por dia, e as obras das escolas se encontrem por terminar, o saneamento por finalizar e a rede viária, em algumas zonas, por restaurar? Como explicam que se rejeite uma proposta que visava assegurar refeições gratuitas para crianças e idosos, em dificuldades financeiras, pela maioria
do PSD e, ao mesmo tempo, se delapidem 26 mil e 600 contos em cultura? senhor Alfredo Henriques e demais membros do executivo PSD, afinal estão a governar para os Feirenses ou para os ilustres residentes de Cascais, do Estoril e da Boavista, com necessidade de satisfazer as suas apetências culturais?
Como se isto não fosse suficientemente grave, a senhora vereadora veio a público assumir que, provavelmente, o PAAC terá de ser renegociado (em baixa!) e as verbas reencaminhadas para 2013. Ora, aqui está um vislumbre do que vai nas mentes daqueles que nos lideram. Quanto se trata de gastar à fartazana em grandes produções contratando-se, por exemplo, companhias internacionais, tudo bem; mas apoiar o associativismo local, catalisador de grandes sinergias locais e com o tremendos efeitos no tecido social, nomeadamente ao nível da saúde, lazer,
educação e proteção social, já não vale a pena. Estamos certos que os dirigentes associativos não se esquecerão da forma como têm sido tratados.
Em tempo: Incompreensivelmente, as restantes Jotas da Feira assumem uma posição inconcebível perante esta situação. À nossa esquerda, referem que tem que haver dinheiro para tudo e à direita, mesmo visitando associações pelo concelho, fazem de conta que não é nada com eles, concordando com a realização do "Imaginarius" nestes moldes e nada dizendo sobre os cortes no PAAC. Bem prega Frei Tomás...
Juventude Socialista de Santa Maria da Feira, o secretariado
3 comentários:
E "prontus" lá se continuam a misturar alhos com bugalhos e lá se fala do que não se percebe. Vão-se dizendo, ou antes escrevendo algumas incongruências grosseiras, diria barbaridades... mas vá lá, deixem os "Jotas" divagar de forma a (in)concluir compulsivamente.
P.S. Da última vez que os "Jotas" atacaram um evento feirense, nesse mesmo ano foram atingidos patamares de consistência e maturidade que o transformaram em "obrigatório". No ano em que o Imaginarius assumiu esse mesmo patamar, teria de vir a mesma "letra".
Devias estar com pressa e não leste nada do que estava escrito. É evidente, nunca foste imparcial e, tal como um partido de esquerda irresponsável, achas que tem de haver dinheiro para tudo.
Aqui não há alhos nem bogalhos...há dinheiro a menos e necessidades a mais. Entendes?! Não, é óbvio...
Estes gajos não se enxergam ? Cambada de canalha com sede de protagonismo que continua a inventar pontas por onde pecar, numa gestão camarária que tem sido absolutamente excelente em termos culturais e que é de resto elogiado um pouco por todo o pais.
Estudem mas é e deixem-se de andar a meter nojo
Já não vos posso ouvir, falem com o alcides e ele que continue a darvos umas entrevistas no jornaleco, porque esse eu nao leio.
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