27 julho, 2011

BE - novo imposto extraordinário

image O Bloco de Esquerda entregou uma proposta de alteração à proposta de lei do Governo que cria o novo imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal. Pretende o partido acabar com a isenção de que os rendimentos financeiros beneficiam na proposta governamental.


O Bloco de Esquerda entregou nesta terça feira na Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República a proposta de alteração (texto na íntegra) à proposta de lei para eliminar a “discriminação positiva” a favor dos rendimentos financeiros, que os isenta do pagamento da sobretaxa extraordinária.


O ministro das Finanças pretende justificar a isenção com a protecção da poupança a prazo. Para o Bloco, o “argumento de estímulo da poupança perde o seu significado quando, em Portugal, o Governo impossibilita o aforro dos trabalhadores e pensionistas com os sucessivos cortes salariais, aumentos nos impostos indirectos, desmantelamento dos serviços sociais e liberalização da legislação laboral”.


O Bloco considera que o imposto extraordinário tem um carácter recessivo e é injusto por “incidir unicamente sobre os rendimentos do trabalho e pensões, deixando intactos grande parte dos rendimentos de capital, bem como os lucros das empresas”.


A alteração apresentada pelo Bloco de Esquerda visa apenas “pôr fim à descriminação que sistematicamente exclui as rendas financeiras das medidas de austeridade”.





Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda de Aveiro

1 comentário:

Anónimo disse...

A proposta de alteração seria mais justa, e possivelmente passível de acolhimento se, ao ter de se fazer arranjo no código do IRS, fazer incidir esse imposto (extraordin.) sobre rendimentos de capitais (juros e/ou dividendos, sobre aplicações de acima de, sei lá, 500 000 € que daria um rendimento bruto de 20.000,00 € que já sofrem uma retenção liberátória de 21,5%. Fará sentido que uma pessoa que ganhe 500,00 ou 750,00 €, tendo aforrado 50.000,00 - 100.000,00 € às vezes não desfrutando de certos confortos só para poupar, acabe por levar a trombada? Acho que não.

José Pinto da Silva