11 agosto, 2011

Transgressões com vista grossa

por José Pinto da Silva
 
Voz amiga chamou-me a atenção para uma nota que tinha saído já em 27 de Maio (um ano e uma semana depois da inauguração do ZIP ZIP) no blogue do Shrek, o badalado Kouzas, em que falava numa transgressão ao Caderno de Encargos e Memória Descritiva cometida pelos concessionários/investidores do estabelecimento. Fui ver o post e fui depois aperceber-me da evidência e dei-me ao trabalho de ler o processo que provocou o concurso em 2009. Do trabalho do Shrek vou copiar e colar um bocado e outro tanto em relação a uma pequena parcela da Memória Descritiva.

 “27 DE MAI DE 2011

!uma esplanada em palco não autorizado!
É assim como que o estranho caso do cliente que “esplaneia” no palco ou o artista actua na esplanada! 

A notícia apareceu no nosso pasquim…e eu fiquei curioso! O bar da ilha das caldas queria colocar um palco e a nossa Cambra não autorizou…em reunião de Cambra! 
 
Mas que Cambra anti-cultura é esta…pensei eu! Poderiam vir artistas de renome, mas sem palco…. Como poderão actuar?! 

Desloquei-me ao local e de facto é necessário um palco! Isto, porque o palco lá construído….não é mais do que um aumento de esplanada! 
 
Mas se é aumento de esplanada que ali está baptizado como palco…. quem autorizou, se não tem autorização?! Bem o que não está autorizado é o palco…. Já o aumento da esplanada, também não! 
 
Continuo sem perceber….ou perceberei se me disseram que antes de uma qualquer autorização, a obra é feita! Será que se fosse autorizada, iriam fazer outro palco, pois este já lá está? E mesmo que se fizesse outro palco, também o iriam transformar em aumento de esplanada? E.. continuando nas supostas suposições, vindo mais um pouquinho de frio, poderiam tapar à imagem e semelhança do que fizeram?! 
 
Mas….depois lá voltava o calor, e com as esplanadas, entretanto vedadas, estas iriam ser quentes demais para os clientes…e voltávamos a pedir um palco… ou aumento de esplanada! 
 
Não tardará muito a vermos toda a ilha…e arredores, “alcatifada” com madeira, a modos que tudo seja um palco…. Transformado em esplanada e ou vice-versa! 
 
Quem não deve estar a gostar nada disto é o nosso “caldinhas”… pelo menos no jornal diz que ele não concorda, aceita ou tolera! 

Uma pergunta simples e objectiva: as entidades quase oficiais do território (fora da ilha) terão poder para derrubar o aumento da esplanada, que ao que parece é um palco…e que não está autorizado a ali estar (mas já está)?! 
 
Esperemos pelos próximos passos, isto SÓ no caso das decisões das reuniões da nossa Cambra terem a importância e o poder que supostamente…terá!” (os destaques são meus)
 
“ CONSTITUIÇÃO E SOLUÇÃO ARQUITECTÓNICA O edifício é desenvolvido num piso destinado à função de estabelecimento de restauração e bebidas.

Com uma área global de 322,00m² (inclui esplanada coberta com 140,00m²), será dividido em duas áreas distintas que correspondem a dois níveis diferentes: o espaço interior onde se localizam todos os espaços funcionais do equipamento e ainda o espaço coberto exterior que funciona como prolongamento da zona social.

Directamente relacionado com a entrada e com um pé direito nunca inferior a 3,00 metros, encontra-se a área da recepção, balcão de atendimento, instalações sanitárias e circulação. Em espaço perfeitamente delimitado, e com acesso directo e independente do exterior localizam-se todas as áreas de serviço, nomeadamente balneários/vestiários, copa e despensas. O programa fica completo com a zona social. 

Trata-se de uma solução que pretende usufruir do mais amplo espaço dentro do contexto existente. Ou seja, pelo facto do estabelecimento se desenvolver no sentido longitudinal bem como pelo tipo de ocupação e conceito, optou-se por uma solução do tipo “open space”, com a sua extremidade nascente a funcionar como “bolsa” de estar e de lazer (esplanada coberta) e de fácil fruição. Neste projecto existiu também o cuidado de prever uma solução arquitectónica que funcione e atribua aos utilizadores sensação de desafogo visual e comodidade. Para isso, prevêem-se o balcão central e um jogo de tectos e iluminação que, de certa forma, em conjunto com os materiais e cores a utilizar conferirão ao espaço uma maior amplitude. É uma solução que procura tirar partido das transparências de forma a permitir a leitura de todo o espaço natural envolvente.” 

Resumindo, o projecto inicial, que serviu de suporte ao concurso e à celebração do contrato de concessão, previu uma área total de 322 m2, sendo 182 m2 de serviço efectivo e 140 m2 destinados a uma esplanada coberta que não deveria ser outra coisa que não fosse esplanada, com todas as condicionantes de uma esplanada. Já no início da obra falou-se que foi tentada uma alteração ao projecto, no sentido de que os 140 m2 de esplanada fossem fechados de modo a transformar aquela área em zona de serviço, como os restantes 182 m2. Terá sido indeferido. Não fez mal, porque, um ano depois, fecha-se, diz-se que sem licença nem alteração ao projecto, e ficou aprovado pelo fechar de olhos da Câmara, ou de alguém da Câmara. Consta-se que há alguém importante na Câmara que diz para fazer e que depois se vê. 

Mas uma casa que tal, terão pensado, carece de esplanada cá fora, pelo que requereram a construção de um “palco”. Como foi indeferido, segundo diz o Shrek, fizeram na mesma. Um puxado para sul protegido a guarda sóis e, por cima do tapete de relva, atapetaram o chão em madeira e lá está a esplanada que era suposto estar incluída nos 322 m2 de área do edifício. Disseram-me que este desafio à autoridade municipal terá sido debatido em sessão de Câmara. E será seguro que a CCDR-N, mais a ARH-N virão a saber de tudo isto, para aquilatarem quem autorizaram que autorizasse a fazer o quê e em que condições. Era bem feito que tivessem de ir mais uma data de vezes ao Porto! Lembram-se quem disse? E há quem ache que aquilo que parece um contentor erguido ao alto, castanho, não se enquadra mesmo nada com um edifício cujo projecto teve honras de aparecer na revista de ARQUITECTURA (Arquitectura e Construção – terá sido nesta?). Tudo o que não esteja no Caderno de Encargos, nem na Memória Descritiva, nem no Contrato de Concessão, só com alteração dos documentos é que pode ser implantado. Foi um Concurso Público. 

José Pinto da Silva

32 comentários:

Rothschild disse...

O sr pinto da silva tem um ressabiamento qq com a esplanada. Está sempre a falar no mesmo. Já chateia.

José Alberto disse...

Realmente sr. Pinto da Silva aquilo é mesmo uma espinha que lhe está atravessada na garganta. É já um caso do foro médico.

Caldéu disse...

Nunca ninguém em tempo algum lhe pôs a vista por lá. Isto diz tudo sobre a criatura.

Anónimo disse...

Não se aperceberam que eu citei e reproduzi o post de Maio do Kouzas? E claro, com ilegalidades como a que está na frente dos olhos, difícil é eu fechá-los.

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Este que se assina como "caldéu" enganou-se. Não sou muito de ir àquele espaço, or várias razões que nada têm a ver com o espaço em si. Mas já lá fui almoçar com um grupo. Para informação do caldéu.

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

É tudo por causa do Apeadeiro que devia estar no meio do rio...

Anónimo disse...

Tão legalista pensava que não frequentasse coisas ilegais. Mas está bem, foi levado em carneirada, compreende-se. Quanto à sua passagem pelo local sei que isso será assinalado proximamente numa placa que o recordará para a eternidade.

Anónimo disse...

Este último comentário é forte demais...

Anónimo disse...

Gosta de legalidades essa é muito boa. Porque é que não fala por exemplo dos anexos que fez na casa dele e dos barracos que o irmao fez na casa dele perto do campo de futebol e neles funciona uma fabrica que só incomoda os vizinhos. Eu sei do que falo. E porque é que o seu filho que é socio do apeadeiro ocupou o passeio e o estacionamento publico com uma esplanada com a conibência da junta. E porque é que este senhor não fala dos barracões e do estaleiro de materias que o irmao tem nas caldas quem não que ser lobo não veste a pele.

Anónimo disse...

É parvalhão este tipo, primeiro porque o meu filho não tem nada a ver com o apeadeiro faz bastante tempo. Parvo e lorpa. Quem não sabe, cala-se e fecha a boca para não entrar mosca. É bom saber-se que há conivência da Junta com o que quer que seja de ilegalidade. Até há quem diga que também ajudou no caso di ZIP. Mas eu não sei. Quanto ao estaleiro encostado à casa de meu irmão, é, ao que julgo do filho e já teve a luta que devia com as autoridades competentes. Nos meus anexos fiz um pequeno arranjo, não ampliei, só melhorei o aspecto.
Até que tenha havido algum incumprimento nos casos que aponto, oh! lorpa, há alguma comparação? E se tem um resquício de dignidade diz quem és. Eu assino.

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Quero ainda dizer ao tipo sem cara nem nome das 11:39 que eu me limitei a comentar um texto para o qual me chamaram a atenção e que foi escrito pelo Shrek já em 27 de Maio e que eu não tinha visto. Para que fique claro.

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Todos os casos, julgo que verdadeiros, realmente não são muito aceitáveis, mas também uma coisa é certa, ele, Pinto da Silva nada tem a ver com eles. Mandava o bom senso, que tivesse cuidado nas suas denúncias. Já agora, não é por nada, mas gostava de ouvir o qye tem adizer sobre isto o nosso estimado Pinto da Silva.

PROF. PARDAL disse...

"conibência da junta"...como?...estou a ler bem? O Pinto da Silva isso não fazia, não dá erros, desses, claro.

INDUKADÚ disse...

Queres saber quem é e chamas-lhe nomes e feios ainda por cima. Nem parece teu pintinho.

Anónimo disse...

Sr. Pardal, quem escreveu "conibência"foi outro que não eu. Ora leia melhor!
E o que é que o anónimo me chama a mim? O dar a outra face é só nas escrituras!
Não percebo bem o que pretende o das 7:47. Pronunciar-me sobre o quê concretamente. Nesta circunstância eu até não fiz qualquer denúncia. Quem a fez foi o blogue em que estamos. Eu, ao tomar conhecimento dele, comentei e reitero. Até porque, de facto, logo no início da obra houve a tentativa de alterarem o projecto e não foi permitido. Que mais?

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Eu sou o anónimo das 11:39 para dizer que o senhor jps é um interesseiro pois não revateu nenhuma das coisas que eu tinha dito.Doi muito não é quando o cuspe nos cai na própria cara. e porque é que não fala dessas coisas as pessoas gostavam de saber se essas obras da sua familia estão legais ou não.O incumprimento pode ser feito desde que seja por si um homem digno não é.

Anónimo disse...

Saiu o tiro pela culatra.
Quem vai à guerra dá e leva.
Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele.
Ri melhor quem ri por último.
Fala quem tem telhados de vidro.

Anónimo disse...

Tenho que lhe chamar parvo. Acha que devo saber, ou que sei mesmo, se coisas feitas por meus familiares são legais ou não? Garanto é que não tentei cunha a ninguém para que fosse ou não feito. E mais não posso. Fica tudo rebatido e posso avançar que quando e se cuspo para o ar, preparo previamente carapaça de defesa.

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Isto leva água no bico e a resposta de JPS realmente sai fora do seu registo comportamental aqui do blogue. Acho, que tocaram no calcanhar de aquiles do senhor e dói, pois dói.

Anónimo disse...

Não me tocaram nem um pouco. Quanto ao ZIP o alerta foi dado pelo blogue, quanto a outras pessoas não sei nem tenho que saber as condições de execução. E também são de impacto que nada tem a ver . E não me dói coisa nenhuma.

José Pinto da Silva

PROF. PARDAL disse...

Oh senhor Pinto isso é baralhação ou ileteracia? Devolvo-lhe a recomendação, "ora leia melhor".

Anónimo disse...

O homem agora é que não contava com isto será que vai acalmar? Ainda não falou dos anexos que fez na casa dela, nem dos barracões tio fabrica que os irmaos tenhem na casa que encomodam os visinhos pos la funcionam carpintarias e ferro velho nem a negociata dos correios no cafe do visinho.Mas uma coisa eu concordo com ele os donos do ilha estao a abuzar com as esplandas e festas que pensam que aquilo é tudo deles. Noutro dia um familiar tentou entrar lá para dar de comer aos patos e o lobisomem que está à porta nao o deixou entrar pois ele ia de chinelos de meter o dedo.A junta é que tambem parece que não existe. A fatinha ao menos tinha mão nisto.

Anónimo disse...

Ao Pardal não sei o que hei-se responder. Só falou em "conibência", erra que não dado por mim. O que é que eu devo ler melhor? Nem tão pouco me sinto baralhado e quanto a iliteracia (aprendo que é ILITERACIA) e não "ile...". A isto é que poderia chamar iliteracia. Ou será baralhação?

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Este Pinto da Silva, pensa mesmo que é bom! Será que não se apercebe que está "taralhoco".
Faço um apelo para que me ajudem a ajudar este ser "iluminado" a calar-se e a tomar a medicação a tempo e horas.

Anónimo disse...

Não aceito remédios se não conhecer a tromba do "médico".

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Já agora direi que muita gente ainda vai ser surpreendida com o que há-de vir. Se o Kouzas estiver aberto ao que se vai seguir.

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Como não tem nada que fazer, passa o seu tempo a pegar com todos os que não digam ámen com ele.
O que vale é que, grande maioria do Concelho sabe quem é este senhor e o crédito que se lhe dá é quase nulo. Até mesmo os jornais onde escrevia estão fartos de o aturar, e felizmente, cada vez menos temos que aturar os seus desvios emocionais e as suas revoltas pessoais estampadas nos jornais Concelhios. Felizmente o saber escrever umas coisitas, não dá capacidade e competência moral a ninguém, e este senhor (infelizmente) vai ficar marcado na história pela pessoa que mais conflitos criou nas Caldas de S. Jorge, mesmo dentro do seu próprio partido, se não veja-se onde estão as pessoas válidas do PS nas Caldas? Longe deste senhor.

É lamentável, mas se fosse uma pessoa de princípios e bondosa, não criava os conflitos que tem em todas as frentes.
Chego a ter pena deste senhor, nos momentos de maior introspecção deve sentir um sofrimento brutal, isolamento e solidão, e só porque não sabe (SER) existir em serenidade e paz consigo mesmo. Se as suas energias gastas a dizer mal dos outros fossem canalizados em sentido contrário, aí sim, teríamos todos a ganhar.


É triste!

Anónimo disse...

És danado para as rimas, pintinho.
já começas-te a medicação...

Anónimo disse...

Só é pena não ter a coragem de dizer quem é nem o que quer.Eu, pelo dou nome e cara para que simplóides como o de 1:12 esparrame a sua insensatez. Não me sinto nada assim repudiado, nem sequer no jornal onde de quando em vez aparecem alguns escritos meus. Eu é que andei uns tempos sem produzir nada. O comentador deve ser um desses caminhadores de joelhos perante os que têm ou pensam ter alguma influência e agora curvou-se qual muçulmano em hora de oração. Não quero é que tenha de mim pena. Castigue sempre e se tiver só um pinguinho de vergonha mostre-se. E vou dizendo que ainda muito está para vir sobre o tema do post e mais... Oxalá não seja o autor deste comentário dos que vai ser visado. Não mostrei ainda a última carta à ARH-N, mas, porque estou certo e sereno, mandei cópia para diversas entidades, mesmo para a Câmara. Me aguarde...
José Pinto da Silva

Anónimo disse...

aí, coitada, até já parece uma brazuca ressabiada, será que esteve de férias no Brasil.

Anónimo disse...

É assim mesmo Sr.José Pinto da Silva!...ideias próprias e acutilantes,nada alinhadas nos interesses particulares,e nada formatadas...quem se sentir mal que responda,nada tem que temer ou de que se envergonhar...quem tem a "careca" a descoberto que se proteja!

Anónimo disse...

Está a coisa a meio. Algo há ainda para revelar e algumas pessoas hão-de engolir o que disseram e rasurar o que escreveram. Tenho ainda muito tempo. Só que não calarei nada do que saiba.

José Pinto da Silva