22 novembro, 2011

Indústrias criativas “não vão dar em nada”

Carlos Martins esteve presente na sessão promovida pelo Rotary Club de santa Maria da Feira, de onde é naturalEspecialista em Indústrias Criativas não acredita no sucesso de um cluster criativo entre S. João da Madeira e Santa Maria da Feira. Carlos Martins diz que falta ligação entre as cidades e massa crítica nos públicos

O presidente da Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas (ADDICT) esteve em Santa Maria da Feira para falar de Território, Economia e Cultura. Carlos Martins mostrou-se descrente no sucesso de um cluster criativo no Norte, a região que disse ser a mais pobre do país. 

Como já tinha dito ao labor em março deste ano, Carlos Martins defende que os projetos de S. João da Madeira e de Santa Maria da Feira se especializem e se interliguem. “Não há cluster nenhum se não houver ligação entre as cidades. Não faz sentido nenhum (as infraestruturas) estarem a ser criadas pelas autarquias porque não há massa crítica. A Feira não tem, o Porto não tem”, disse numa sessão promovida pelo Rotary Club feirense. 

Carlos Martins apontou o dedo à “lógica infraestrutural” e do “minifúndio” para questionar a exequibilidade de projetos como a Oliva Creative Factory e a Caixa das Artes. “Não houve ninguém que tivesse feito estudos de viabilidade a sério. A viabilidade económica não está demonstrada e dependerá dos fundos municipais que serão cada vez menos”, alertou. 

Agência quer fundos congelados 

Durante a sessão e em resposta ao labor, o presidente da ADDICT afirmou ainda ter reunido com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) “para lhe dizer que isto não vai dar em nada”. “Ou muito me engano ou daqui a cinco anos está tudo fechado”, desabafou Carlos Martins que foi o co-coordenador do Estudo Macroeconómico para o Desenvolvimento de um Cluster de Indústrias Criativas na Região Norte. Conforme explicou aos presentes na reunião no passado dia 14, a ADDICT pediu à CCDR-N que congelasse as próximas tranches de financiamento aos projetos em curso. Carlos Martins defende que o financiamento só deveria ser retomado depois de apresentados estudos de viabilidade e provas de trabalho em rede entre autarquias. “Há uma contradição absurda neste processo. Não há cluster nenhum porque não há trabalho em rede”. O presidente da ADDICT acredita que “um ou outro (projeto) pode correr bem, mas o cluster não é isso”. O especialista apontou para a “desproporção absoluta entre as infraestruturas que temos e os consumos que não temos” como causa para o insucesso. 

Afinal, o que é o cluster criativo? 

Conforme o presidente da ADDICT explicou na sessão da passada segunda feira, a CCDR-N disponibilizou 60 milhões para criar um cluster regional de criatividade. 25 milhões de euros seriam destinados à criação de infraestruturas e o restante seria distribuído para eventos e para a realização das capitas da cultura e da juventude, Guimarães e Braga. 

O objetivo é desenvolver o empreendedorismo e a economia criativa. Carlos Martins defende a fixação das pessoas com talento nas cidades de maneira a criar riqueza e emprego, através da propriedade intelectual. Numa “economia de informação”, o especialista defende que “é incontornável” haver clusters criativos. “Mesmo que não haja, tem que passar a haver”, defende. Para tal, Carlos Martins propugnou políticas ativas, o fomento de ideias críticas, o estímulo à capacidade criativa e outras formas de financiamento. 

in Jornal LABOR

10 comentários:

Anónimo disse...

Subscrevo.
Penso que a ideia dos nossos autarcas é criar mais uns tachinhos aos amigos como era costume na epoca das vacas gordas. E depois veem-se queixas da qualidade da nossa função publica. Foram eles que os meteram lá.

Anónimo disse...

Claro. Ele é que é o inteligente. Desde que alguns acólitos disseram que tinha geito para dar festas ao povo ele tem vindo a rogar-se como o sapiente mor do norte. Claro que vai ser desmascarado, muito em breve. Gastou milhões na camara da Feira, e por isso as finanças da autarquia estão como estão. Um bluf.

Anónimo disse...

Ai, A.Ablbergaria mais uma facada que o carlitos te deu...

Anónimo disse...

Carlos Martins tem razão! Alfredo Henriques e seus lacaios não! Eles pensam que têm um grande projecto das indústrias criativas e aquilo não passa de um fait diver para enganar o povo! É vergonhoso a falta de visão estratégica destes políticos...

Anónimo disse...

Pois, penas é que o Sr Carlos Martins, unica cabeça pensante do norte e arredores, não diga publicamente quanto já recebeu. E não diga porque razão está, numa tentatativa desesperada, a tentar condicionar o andamento deste projecto, para ver se lhe encomendam o estudo de viabilidade económica. Pois, ele é o inteligente mor deestas coisas da criatividade. Porque é que ele não diz que a agencia ADICT é liderada por um tal de Carlos Martins e Ricardo Luz, ambos responsáveis por outras duas empresas, empresas essas que por sua vez fazem trabalhos de consultoria no negócio das actividades criativas. UMA PROMISCUIDADE a todos os níveis notável. Ele que tenha a coragem de dizer que quer que lhe encomendem o trabalho. Se o trabalho tiver o selo de validade desse senhor está tudo bem.
E fica-lhe mal dizer que não existe massa critica neste concelho. Vamos então mover-lhe uma acção judicial porque gas~tou milhões e não conseguiu ensinar ninguem.

Anónimo disse...

Concordo completamente com o comentário das 10:23.
Fui investigar e confirmo que os dois são sócios das duas empresas opium e Gestiluz.
Olha vem agora este tentar fazer dos outros burros.
Vai trabalhar.

Anónimo disse...

Tchi.

Mas no Correio da Feira a notícia não é bem assim.

Falta agora ver quem está a dizer a verdade.

Mas uma coisa é certa: o ex-vereador da cultura Carlos Martins tem dado muitas punhaladas no Alfredo.

Anónimo disse...

GOSTEI DE SABER QUE O CARLINHOS TEM ASSIM TANTOS INTERESSES. ESPERTINHO.

Anónimo disse...

este tem razão. agora chamar inteligente já é demais. é mais a dor de corno a funcionar.

Anónimo disse...

Eu concordo com a maior parte dos coments. O grande problema do Carlos Martins é a dor de rins pelo facto de na Feira, se continuar (e reforçar) a dinâmica cultural. Mesmo em tempo de vacas magras. Numa fase bem mais dificil do que quando ele gastava milhões de euros para nos dar cultura de qualidade duvidosa. Guimarães que se cuide. Ele só vê dinheiro fácil à frente.
Uma palavra especial para o dono deste blogue que tem permitido que se faça a denuncia de vários interesses instalados. Nestemesmo post e nos coments que se sucederam, houve investigação, nomeadamente a descoberta da promiscuidade do Sr Martins enquanto presidente da ADDICT e administrador e sócio de duas empresas que lhe prestam consultoria. Pena é que os jornais do regime (agora 2) não lhe sigam as pisadas e façam um jornalismo como deve ser.