Carvoeiro, agora é que é. Será?

Não é que eu seja pouco crédulo, mas para Carvoeiro já ouvi tanta promessa, que é difícil não ficar de pé atrás, como agora acontece. Será mais uma?

Podia, mas nem me socorri dos meus arquivos particulares, tanta é a certeza. Ando há quinze anos, para mais do que para menos, a ouvir, principalmente por alturas eleitorais, tanto a Câmara Municipal como a Junta de Freguesia de Canedo, sempre a falarem no aproveitamento turístico do lugar de Carvoeiro, nas margens do Rio Douro e que foi em tempos não muito longínquos um porto comercial de grande importância para a região. Era da requalificação desse porto que se falava, melhor diria, construção, pois foi um crime de lesa património aquando da construção da barragem Lever/Crestuma e com a consequente subida das águas do Rio Douro que levaram ao desaparecimento do cais, que ninguém tivesse pressionado a EDP a construir um novo, como era sua obrigação. Toda a gente calou. Pode ser que agora os chineses, caiam nessa.

Pois agora, a coisa até fia mais fino, querem incluir o lugar no roteiro turístico das “Aldeias de Portugal” .

O municio feirense e a ADRITEM-Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria, vão agora candidatar-se através de fundos comunitários para promover a preservação do património construído, cultural e histórico da aldeia, mantendo a sua identidade.

“Com a inclusão de Carvoeiro na rota turística “Aldeias de Portugal” pretende-se desenvolver o turismo e a dinamização económica, social e cultural do lugar”, pode ler-se na carta em que a ATA-Associação de Turismo de Aldeias, convoca os canedenses para uma reunião no Centro Social, onde vai apresentar este projecto no próximo dia 26.

Que Carvoeiro merece, merece.

Espero que agora seja a sério, que haja vontade, não duvido, pena é, que se deixasse passar o tempo em que também havia dinheiro e já agora que tivessem deixado nascer tantos quistos urbanísticos na malha habitacional do lugar.