23 janeiro, 2012

Comunicado do PAN sobre a discussão no Parlamento da Petição pelo fim das corridas de touros em Portugal

A discussão da petição pelo fim das corridas de touros em Portugal, que teve lugar na quinta-feira, dia 19, na Assembleia da República, é elucidativa da importância atribuída aos animais não-humanos pelos partidos com assento parlamentar: praticamente nenhuma. A pouca importância que se lhes reconhece é na qualidade de objectos, de coisas sem valor intrínseco nem propósito que não seja o de satisfazer caprichos humanos, neste caso de entretenimento.

Com a excepção da deputada Catarina Martins do Bloco de Esquerda, que ainda assim revelou a existência de diferentes opiniões dentro do seu partido, todos os intervenientes se manifestaram contra a abolição da tauromaquia, e portanto a favor da manutenção de Portugal no restrito grupo de países que aceita, encoraja e subsidia uma actividade medieval que promove e romantiza a violência e a insensibilidade. 

Falou-se de cultura, de tradição, de liberdade, de gosto, como se qualquer destas palavras bonitas pudesse servir de justificação para os maus-tratos aos animais. Claramente, o bem-estar e a dignidade dos touros e dos cavalos não têm, para os actuais deputados da nação, qualquer relevância, tendo o ser humano o direito absoluto de dispor deles como e para o que bem entender, ainda que isso lhes cause sofrimento e morte. 

São estes os deputados que todos elegemos, e as suas palavras não podem deixar de causar repúdio e embaraço a todos quantos aceitam a evidência científica de que a maioria dos animais são seres inteligentes e sencientes que não temos o direito de maltratar e explorar, mas antes a responsabilidade de preservar e cuidar. É isso que defendemos intransigentemente, pelo que, quando o PAN tiver representação na Assembleia da República, Portugal contará finalmente, como a Madeira já conta, com uma voz alternativa ao cego e cruel antropocentrismo que hoje minou a discussão sobre a tauromaquia. Quando o PAN tiver representação na Assembleia da República, Portugal ouvirá finalmente a voz daqueles que não têm voz.

6 comentários:

Anónimo disse...

Acho que defacto a tourada é um acontecimento barbaro.Não sei como isso ainda é autorizado numa sociedade que se dis evoluida.Podíamos voltar ao tempo dos gladiadores.

Anónimo disse...

"Nunca discutas com um idiota, pois rebaixa-te ao mesmo nível dele e depois ainda te vence pela experiência."

Anónimo disse...

ou ainda :
"...nunca ensines um porco a cantar. Perdes o teu tempo e incomodas o porco "

bettencourt

Anónimo disse...

Já vi (quase) de tudo! Agora ver sugerir o impensável é obra! De artista mesmo!

Anónimo disse...

Não entendo patavina os anteriores comentários.Secalhar tenho que me matricular num curso de novas oportunidades.

Anónimo disse...

Não precisas de te matricular tu nem ninguém... Afinal de contas quem verificar os poucos posts deste blog relacionados com o PAN só se vêm comentários estranhos e confusos... Não será fruto das novas oportunidades mas provavelmente dos mais de 60 mil votos e de um deputado já eleito em apenas um ano de existência. Como diz o brasileiro "dor de corno é dose meu irmão"!