Paulo Sérgio Pais, administrador-executivo Feira Viva (FV), negou ontem ser o condutor “fantasma” de viatura multada em milhares de euros. “Não percebo, estou absolutamente surpreendido”. Foi a primeira reação do responsável a quem o Bloco de Esquerda (BE) imputa mais de duas dezenas de multas de trânsito no valor de 2500 euros por não se identificar em contra-ordenações relativas à viatura que tem para seu uso.
Segundo os bloquistas, é preciso ainda acrescentar as multas passadas a quem conduzia o automóvel Ford Focus por infrações “leves, graves e muito graves”.
O coordenador distrital de Aveiro do BE, Joaquim Dias, anunciou que vai questionar o presidente da Câmara feirense, Alfredo Henriques (PSD), também presidente do conselho de administração da empresa, exigindo responsabilidades e “medidas firmes” para acabar com o “regabofe” à custa de dinheiros públicos.
“Temos uma frota com cinco viaturas, só pode ser relativo a todas”, declarou o administrador-executivo. Contabiliza, em três anos, “quatro ou cinco multas” que pagou. Por estacionamento proibido, uso de telemóvel e circular sem cinto, esta última em Feveireiro passado.
Casos de poucas centenas de euros mas que, garantiu, “não encaixam nem de longe nem de perto” com os valores denunciados pelo BE. A não ser que, ressalvou, digam respeito a toda a existência da empresa criada em 2001.
A pratica da FV, esclareceu, é ser o condutor é suportar as multas sempre que é identificado. A empresa paga quando não for possível dar o nome. “Pode acontecer, sobretudo na altura dos eventos em que há uma forte utilização da frota por todos os trabalhadores de forma quase indiscriminada”, explicou o responsável.
Cino milhões de orçamento
Cino milhões de orçamento
A empresa municipal de cultura e desporto Feira Viva funciona com um orçamento anual de cinco milhões de euros. Tem a seu cargo eventos conhecidos internacionalmente, como o festival de teatro de rua Imaginarius ou o festival de música “Gente Sentada”.
A Viagem Medieval em terras de Santa Maria, é, no entanto, o evento mais concorrido, atraindo centenas de milhar de pessoas a um programa recheado de acontecimentos recreativos em torno do castelo da cidade.
A FV é responsável também pela gestão de equipamentos públicos, nomeadamente as piscinas municipais e o conhecido zoo ornitológico de Lourosa, onde estão expostas algumas espécies raras em Portugal.
in Diário de Aveiro
6 comentários:
Pelo que me é dado entender,anda meio á balda.Como gasta muito dinheiro do povo,não tem que obedecer, nem que seja ao código da estrada.Quem é grande,é mesmo grande.
o rigor da gestão é tanta que as cópias das multas andam nas mãos de varias pessoas.
Falta de controlo no uso de bens - como é possível n haver um registo de quem usa os carros???
Precisa de 5 carros e de 5 milhoes de euros de budget?
Enquanto a Camara distribui apenas 100 mil euros a cada junta de freguesia...
Vergonhoso. Esta administração só tem uma solução, demitir-se ou ser demitida, acha liderança séria e honesta para tal. Isto é uma vergonha, o Feira Viva como empresa Municipal tem que ser exemplar, ou então, que ninguem pague as coimas do Municipio. Vergonha, tenham honradez nessa cara.
leiam a noticia do CM e digam-me (caso saibam) qual é a infração que corresponde ao valor de 97€ de multa.
eu pessoalmente desconheço
mas nunca se sabe
por isso alguma verdade deve haver nesta afirmação do BE.
tambem quem o conhece sabe que a resposta que ele da, não é a forma normal de ele tentar convencer as pessoas.
sera que ele esta com medo?
deveria ser o contrario, Não acham?
nos eé que deveriamos ter medo do fantasminha
Contra ordenação para esse valor não conheço, mas o moço talvez saiba, talvez seja algum acordo com a PSP, e assim reduziram o valor da coima a sua majestade. Acredito no que o bloco disse, aliás é mais fácil acreditar num cego quando diz que vê do que no rapaz da Feira Viva.
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