22 abril, 2012

As comemorações da Revolução do 25 de Abril

Comemoramos 38 anos da Revolução os Cravos, momento histórico impar, cujos princípios e valores constituem um património inestimável que marca a vida de todos nós, tanto dos que a viveram, e por ela lutaram, como das gerações jovens, que já nasceram e cresceram num país liberto da opressão fascista.

Um acontecimento de tal importância tem de ser recordado condignamente, não só para que a memória não se apague, mas também pela actualidade da sua mensagem, que urge prosseguir. 

Esta foi uma Revolução que brotou da conjugação de sentimentos e de acção do Movimento das Forças Armadas e do povo português que, desde os primeiros momentos, tomou a rua, apoiando os militares, participando no desmantelamento do aparelho de estado fascista, construindo a democracia, a par e passo, com o sonho posto numa nova sociedade, fraterna, solidária e desenvolvida. 

A aquisição da liberdade e da cidadania, o direito de reunião, de associação, de organização política, a liberdade de expressão, mas também importantes direitos sociais, como o direito à saúde, à educação para todos, ao salário mínimo nacional, à segurança social foram conquistas de Abril, que se tornaram fundamentos do novo estado democrático. 

Abria-se o caminho para o desenvolvimento económico, social e cultural, para a afirmação de valores humanistas, para a alteração de mentalidades, para a dignificação da mulher em todos os domínios da vida social, para o respeito pelas minorias, para uma generalizada valorização do património e da identidade nacionais. 

Quando hoje olhamos para esses tempos gloriosos, revisitamos os caminhos destes 38 anos e nos confrontamos com o presente, percebemos bem quanto aquém estamos dos horizontes da esperança que se perfilaram com Abril. 

Por isso as comemorações do 38º Aniversário do 25 de Abril adquirem uma significativa carga simbólica, no actual momento da vida nacional, em que se tenta branquear a história e a natureza obscurantista e opressora do fascismo e se vão limitando direitos sociais, económicos e políticos, se acentuam as desigualdades, se liquidam importantes conquistas sociais e económicas, se perfilam ameaças variadas, e se põe em causa a independência e a soberania do País. 

Por isso, a Comissão Concelhia de Santa Maria da Feira do PCP apela à participação nas comemorações populares da Revolução do 25 de Abril, que se realizam no Concelho.
 
Comemorar Abril é recordar e valorizar o que foi a resistência contra a exploração e a repressão do fascismo, é recordar o que foi o colonialismo e os treze anos de guerra colonial, é iluminar a verdade sobre o 25 de Abril, o seu significado e a actualidade dos seus valores libertadores. 

Mas, comemorar Abril, também é estimular a luta de hoje, por uma outra política, reafirmando os valores e ideais da revolução, para que Portugal possa retomar os seus caminhos, pondo fim às políticas de destruição das conquistas democráticas. 

A Comissão Concelhia de Santa Maria da Feira do PCP 

2 comentários:

Anónimo disse...

Na Guiné houve um golpe há dias como aconteceu em Portugal há 38 anos.Se houve lá guerra 13 anos,vejam nestes 38 quantos meses houve paz.Em Angola foi lá instalada uma ditadura comunista graças aos nossos governantes de entam.Quanto ao salario minimo,não era preciso porque o trabalhador exegia o seu justo merecimrnto.Achava mais logico criarse um salário maximo.Se está agora melhor não sei porquê,todos os dias há greves.

Anónimo disse...

Ainda não entendi o porquê dos conquistadores das liberdades entregarem Macau aos ditadores.Será que essa gente tambem não merecia o mesmo que nós?.