29 novembro, 2012

O Estado Social

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Por Bettencourt
 
A refundação das funções sociais do Estado, não tem de implicar necessariamente o afundamento desse mesmo estado social como por vezes o “atabalhoamento” de certa oposição pretende fazer crer. 

A questão central que aqui se nos coloca impele-nos para um exercício académico simples que é o de sermos capazes de determinar com rigor “quanto” estado social os contribuintes são capazes de pagar sem que essa fatura comprometa a sustentabilidade do próprio sistema numa lógica de, pelo menos, médio e longo prazo.

Como facilmente se infere esta é uma discussão que transcende qualquer fundamentalismo ideológico e deve por isso mesmo ser encarada pela classe política em geral sem qualquer tipo de preconceitos. 

Se considerarmos que a economia é matemática social, concluiremos que a resposta a este problema não dependerá tanto do “achismo” político (atividade que consiste em achar que…) mas sim de um conjunto de fórmulas matemáticas que deverão incorporar (na minha ótica) critérios e variáveis (probabilísticas ou não) de afetação socio económica nas suas vertentes endo e exógenas. 

Não pretendendo perder-me com preciosismos técnicos diria apenas que a sustentabilidade financeira das instituições sociais do Estado (ou por ele patrocinadas) deveria depender mais de um indexante de desempenho económico do que de um qualquer programa político que, (e aqui dou de barato o argumento), apesar de bem intencionado e independentemente de quem o promove, se converte modo geral (e tem sido assim nas últimas décadas) num conjunto de falácias que são também elas e por inerência “bem intencionadas”. 

No fundo as mesmas que bovinamente vamos sufragando em cada novo ciclo eleitoral que a constituição consagra. 

Ora, a existência de um indexante de desempenho económico que viesse a ser calculado anualmente com base no O.E. incluindo subestações trimestrais de ajustamento de modo a poder refletir com precisão a eficácia (ou ineficácia) da execução orçamental do documento, teria o efeito de condicionar positivamente em particular nas rubricas que dizem respeito à despesa primária do Estado, toda e qualquer decisão política que viesse a ser tomada sobre esta mesma matéria, fosse ela popular ou impopular. Isto porque a maior ou menor generosidade subjacente a essa decisão teria de estar necessariamente em consonância com os indicadores da execução orçamental do governo em exercício, i,é, em consonância com o indexante. 

Na verdade isto não é nada de novo, senão vejamos. 

O índice Euribor que vem sendo utilizado pelo sistema bancário na sua relação com o setor imobiliário é um bom exemplo da eficácia do modelo (não está aqui em causa os critérios que foram utilizados na sua conceção) e tem, como se sabe, permitido disciplinar sem grandes atritos as relações que vão sendo operadas entre os seus agentes. 

Da mesma forma e extrapolando este raciocínio “Euribor” aplicando-o ao Estado Social, os pensionistas poderiam ver por exemplo a sua prestação aumentar ou diminuir automaticamente consoante o desempenho do índice. 

Por sua vez, o setor da Educação teria o seu financiamento mais ou menos alargado também em função do desempenho do índice. 

Obviamente este procedimento estender-se-ia às restantes funções sociais a que o Estado está constitucionalmente obrigado, sendo crível que com esta medida o principal enfoque propagandístico dos partidos do arco governativo passasse a ser mais orientado para fatores de crescimento económico do que para questões que se prendem com a salvaguarda (ou não) de direitos sociais adquiridos, na medida em que estes passariam a estar associados a um indexante de conjuntura supra partidário e concomitantemente protegido do zelo (às vezes obsceno) dos nossos governantes. 

E se uma iniciativa deste género (a criação de um indexante de conjuntura) pudesse reunir um consenso alargado envolvendo todas as estruturas políticas bem assim como os parceiros sociais de referência (sindicatos, Associações empresariais, etc) na sua elaboração, estou “seguro” de que a fatia do PIB que agora destinamos às funções sociais do Estado, na exata medida em que estaria blindada não só pelo amplo consenso político, mas fundamentalmente pela sua correlação com o indexante proposto, seria capaz de promover (por inversão de uma tendência bacoca e persistente) uma correta proporcionalidade no ajustamento do bolo (PIB) à fatia (Estado social), em vez de se pretender fazer o inverso, i,é, ajustar a fatia ao bolo. 

Digo eu. 

Até Já













49 comentários:

Rothschild disse...

Muito bem! (mas uma afronta à atual Direção do PS)

Anónimo disse...

Mas, afinal um pensionista dos baratos( podia até se a tal bolsa perdesse cotação)vêr a sua dita pensão desaparecer?.

Anónimo disse...

Quem andou dezenas de anos a descontar,ou seja,a por lá o seu dinheiro,não por opção,mas por obrigação,sempre pela medida grande,vêr depois o seu rendimento de reforma por vezes a ser muito reduzido,porque se deu mais um subsídio a um emigrante recem chegado,ou a algum cigano que nunca trabalhou mas fez as suas justas reenvidicações.

Anónimo disse...


Nós atingimos alguma credibilidade no mundo exactamente porque na saúde e na educação atingimos padrões que nos ajudaram a ser classificados como país desenvolvido. Menos nos apoios sociais de cariz subsidiário que, mesmo antes destes fogosos cortes estava bastante aquém da generalidade dos países da OCDE. Alguém se recorda de, nos últimos 20/30 anos ter ouvido falar de uma doença infantil chamada TOSSE CONVULSA? Era tido como totalmente erradicada. Pois há dias morreram 3 crianças com tosse convulsa. Deixamos de estar no topo dos países que "eliminaram" a mortalidade infantil e o nível de assistência em hospitais e centros de saúde tem-se deteriorado a olhos vistos. A nível de educação, deram-se passos de gigante nos últimos anos e sobretudo, nos últimos 5/6 anos em matéria de excelência na investigação e na formação de doutores muito se cresceu. Agora, e não contando com os ameaços atirados ontem pelo 1º. M, o Conselho de Reitores insinua que podem fechar universidades públicas em 2013. Claro que é objectivo deste governo passar o ensino superior e, pelo menos o secundário para os privados e assim poupa-se. Estudam os abastados, como na minha meninice. E quanto ao apoio social directo, dizem (serão? as más línguas que há já milhares de crianças nas escolas a passar fome. E fora das escolas? O que deveriam fazer, dizem os experts de todas as tendências, era o incentivo ao investimento, criação de empresas e empregos para criação de meios que levem à possibilidade de pagar o estado social de que precisamos, ainda que corrigido de alguns excessos a que estávamos habituados.

José Pinto da Silva
(nota escrita no F book a comentar o texto do Sr. Belencourt)

Rothschild disse...

Claro, o aparecimento de tosse convulsa é culpa do Passos Coelho. E do Dengue é culpa do Jardim. E a doença das vacas loucas foi culpa do Guterres. E a gripe da Aves foi culpa do Sócrates. Lê-se cada coisa...
Quanto aos passos de gigante que se deram nos últimos anos, continua a haver gente que não percebe que muito do que se fez nos últimos anos, se fez de forma insustentável e com dinheiro emprestado e que agora a torneira fechou e é altura de pagar. A finitude de recursos de capital continua a ser um mistério para muitos. Pode ser que um dia percebam que o dinheiro emprestado ACABA. E o nosso acabou porque alguém o gastou todo.

Leituras recomendadas: http://montanhadesisifo.wordpress.com/2012/11/29/o-que-e-que-o-estado-social-verdadeiramente-fez-por-si/

Anónimo disse...

Claro que não foi o Passos Coelho que trouxe a tosse convulsa. Foi tão só a falta de acompanhamento materno infantil a que se estava habituado há muitos anos. Ou será que não reconhece que a assistência médica neste país, nomeadamente em pediatria desde o nascimento, baixou já para níveis quase africanos? Poderia dizer que se gastou dinheiro emprestado, mas ao menos fez-se algo de bom (à mistura com outras menos úteis). O problema é que os de agora aumentam o défice, aumentam a dívida e em vez de fazer o que quer que seja, entram no bolso das pessoas sem e não fazem rigorosamente nada. Já alguém imaginou pagar "propinas" para ensino obrigatório? És obrigado a ir à escola, mas pagas ... Até aquele "comunistóide" do Roberto Carneiro se atirou ao ar. E como se trata de gente que se entende e coordena bem, o 1º. M disse o que disse, o Ministro Crato desdisse-o e o secretário de Estado disse algo diferente de ambos. Resumo: É uma cambada,...

Anónimo disse...

‘Fora do círculo dos cinco terroristas económicos que nos governam, fora da nave de loucos supostamente conduzida pelo primeiro-ministro Passos Coelho, não há uma alma penada que não tenha percebido já que seguimos uma estratégia de suicídio colectivo. Se o défice voltou a falhar as previsões este ano, se o desemprego foi “uma desagradável surpresa”, se a recessão foi e será sempre acima do previsto, se a receita fiscal “estranhamente” caiu, mesmo aumentando impostos além do sustentável (tal como se aprende, afinal, em qualquer manual de economia para principiantes, excepto o do António Borges), já não é por culpa do nunca explicado “buraco colossal” que herdaram, nem por culpa do Tribunal Constitucional (cujo acórdão só teria efeito para o ano): é apenas e só por culpa da chocante incompetência desta gente. É porque eles falharam em toda a linha, que vamos agora ter de pagar o seu falhanço de 2012 e o próximo. E assim sucessivamente, até à implosão final.

(copiado e colado por José Pinto da Silva)
Direi depois quem é o autor do texto de que o exposto é só uma parte.

Anónimo disse...

"O Estado social discute-se porque é a parte do Estado que tem mais a ver com as pessoas que são velhas, reformadas, desempregadas, estão doentes, estão sós, têm incapacidades, pessoas que não têm voz, não têm 'lobbies', não abrem telejornais, não têm escritórios de advogados, não têm banqueiros", disse o conselheiro, na abertura de uma conferência sobre a crise promovida hoje, em Lisboa, pela Fundação Liga.

Para Bagão Félix, a vulnerabilidade destas pessoas é que faz com que seja "relativamente fácil" discutir esta reforma, que na sua opinião está a ser conduzida de uma forma "estúpida" porque é colocada como se fosse uma questão de estar a favor ou contra essa reforma do Estado social, quando "infelizmente o filme não é a preto e branco", mas tem coloridos.

Copiado e colado por
José Pinto da Silva

Quem disse isto foi aquele comunistóide do CDS chamado Bagão Félix

Rothschild disse...

O que faz de nós socialistas, comunistas, sociais-democratas ou liberais não é o cartão de militante que temos mas sim a forma como pensamos.

XEIRINHAS disse...

Pinto da Silva já vale na argumentação utilizar exemplos como esse da tosse convulsa?

Anónimo disse...

Não sei que credibilidade conseguimos álem fronteiras,anteriormente eramos uns isolados,mas na ONU davamos,se fosse preciso o dito murro na mesa.O dito crédito que conseguimos,foi que em 1977 a banca já estava rôta,em 82 voltou ao mesmo,por esse motivo ficamos conhecidos mundialmente.Começou a entrar o dinheiro da CEE aos montes,mas onde foi parar a maioria ninguem sabe.Se não olhassemos só tão curto,viamos que nos anos 30 Portugal era quase um País analfabeto e agricula o(artesanal.)Nos anos 50.analfabetismo e mortalidade infantil tinha reduzido drásticamente.na década de 60 foi a grande revolução industrial,no inicio dos anos 70 eramos muito superiores a muitos outros países europeus.Foram anos de muito trabalho governamental mas compensado com excelentes resultados a nível do bem estar da população e do engrandecimento do País.A partirde 74 tem sido um percursso infeliz seguido por quem nos tem governado.Vamos encolhendo até onde pudermos.

Anónimo disse...

Antes de mais quero referir que o comentário do dia 30:11 - 11:04 saiu sem assinatura, mas o comentário foi por mim colocado. Não sei como falou.
O caso da tosse convulsa é digna de ser apontada, porquanto tratando-se de doença dada como erradicada, está a voltar a aparecer e de certeza não será pela fartura de medicamentos de alimentação e de assistência. É um claro sintoma de que a assistência materno infantil se vai degradando.

José Pinto da Silva

Rothschild disse...

Irradicada? Oh Sr Pinto da Silva, como alguém já lhe disse aqui, não vale tudo. Olhe esta notícia do Expresso.

"A Direção-Geral da Saúde (DGS) está a preparar a vacinação de jovens adultos para combater o "inesperado aumento" de casos de tosse convulsa, encontrando-se neste momento em estudo fatores como o prazo e a eficácia dessa vacinação.

Este ano, já morreram três pessoas e foram notificados 189 casos de tosse convulsa, números anormalmente grandes comparativamente com os anos anteriores, mesmo tendo em conta que os picos de incidência da doença são cíclicos e que já era esperado um aumento do número de doentes.
Em declarações à Lusa, Ana Leça, diretora dos Serviços de Prevenção da Doença da DGS, especificou que a tosse convulsa tem registado picos de três em três anos, como se verificou em 2005, 2008 e 2012"
[...]
"O que aconteceu este ano foi um aumento inesperado do número de casos, não só em Portugal mas à escala global", explicou..."

Anónimo disse...

Volto a referir se terá sido por excesso de medicamentos, excesso de assistência, excesso de comida ou se terá sido porque a ida às consultas se reduzem por serem mais caras e as mesmas serem mais demoradas. E o índice de mortalidade infantil? Essas epidemias aparecem e será por alguma razão.

José Pinto da Silva

Rothschild disse...

Enfim...

Anónimo disse...

Enfim.. será que viu uma reportagem da RTP passada no Hospital de Santa Maria, sector de pediatria? Se não viu fique com pena. Só confirma, com agravo, o que disse acima.

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Ao autor e aos comentadores, apenas me resta dizer que os discursos são pura e simples "paleio soviético", com a minha 4ªclasse não me posso permitir escrever palavras que a maioria dos cidadãos não entendem e até faz parecer a quem lê que aquilo que estão a dizer é o certo. Mas queria deixar claro que os nossos impostos chegam para termos um estado social digno, igual ao que até aqui tivemos, quer na saúde, quer na educação, quer para as pensões e reformas justas. O que pagamos não chega é para alimentar o parasitismos que gira em redor da assembleia, as reformas douradas aos 35/40 anos dos politicos de meia tijela, às reformas vitalicias de presidentes (que para além das pensões mais uma infindade de mordomias que inclui segurança), os nossos impostos (7 meses de trabalho) não chega é para pagar as comissões aos bancos de 4%/5%, que emprestaram dinheiro ao nosso país, mas que obtiveram esse dinheiro no BCE a 1%, porque o BCE não emprestou directamente? Por fim, soluções a médio e a longo prazo, para quê, nessa altura já estamos todos mortos.

Unknown disse...

Melhores cumprimentos,
permitam-me uma pequena achega a esta interessante discussão, republicando esta notícia do dia 03/03/2012.
"Pela terceira semana consecutiva e de acordo com uma reportagem da RTP, Portugal regista um pico de mortalidade incomum.
Em apenas seis dias foram mais de três mil mortes, Tendo a maioria dos casos (90 % ) ocorrido com idosos.
A epidemia de gripe e as baixas temperaturas são causas prováveis mas o ministro da Saúde diz que as autoridades estão ainda a investigar o que está a acontecer."
Ora,
Se considerarmos que em Portugal “sempre” existiram temperaturas “baixas” e que “sempre” estivemos sujeitos a surtos de “gripes” de características sazonais, deveríamos talvez explorar outras linhas de investigação para melhor compreendermos este fenómeno.(este último parágrafo não fazia parte da notícia) Recordo ainda que o assunto foi, à data, discutido na assembleia da republica com a promessa de relatório por parte do governo.
Seja como for, se atentarmos na notícia do expresso invocada como argumento de razão pelo Paulo Pinto observamos as seguintes incongruências. Diz a notícia que "a DGS está a preparar..."(?)
...Mas então já não devia estar preparada tendo em conta que este é um fenómeno ciclico ?
Diz ainda que "encontra-se neste momento em estudo..."(?)
Será que os portadores de Tosse Convulsa estarão disponíveis para aguardar pelos resultados desse mesmo estudo ?
E se há picos de incidência desta doença será correto dizer-se "inesperado aumento" (?)
Apesar de esta ser uma discussão marginal ao post é bem verdade que
"o que faz de nós...é a forma como pensamos" e ponto.O resto é acessório.
Respondendo agora às dúvidas do segundo comentador, dir-lhe-ia que os pensionistas e/ou beneficiários do Estado só perderiam as suas subvenções em caso de falência do próprio Estado. A função do indice de conjuntura apenas serve para balizar o "quanto" podemos pagar de Estado Social em linha com o desempenho económico do país e com a particularidade de permitir aos governos ajustamentos automáticos do valor das pensões.
Para finalizar esta intervenção, aludo à alfinetada inicial do amigo Paulo Pinto, dizendo-lhe que preferiria que visse a "coisa" mais em termos de contributo do que de afrontamento. Afinal de contas essa é, cada vez mais, a responsabilidade de cada um de nós.

Dixit

Rothschild disse...

Sem dúvida que é um belo contributo. Com este post, o caro amigo Bettencourt já fez mais propostas do que António José Seguro num ano.

Anónimo disse...

Ao comentador 12/02/2012 12:27 p.m.
Meu caro amigo, eu já estava a desesperar...Tanta discussão em torno do Estado Social e você, com a simplicidade duma 4ª Classe (bem feita , de certeza) arruma logo a questão com os temas CORRUPÇÃO e CLIENTELISMO. Só faltou dizer ao Paulinho (o mecânico da Laranja)que a culpa é do povo que andou a esbanjar em telemóveis, dos RSI's (leia-se esmolas), das férias, só possíveis com ordenados chorudos dos portugueses (esses malandrões)que não fazem a ponta dum corno. Que só sabem protestar, pagar impostos e não bufar.. É assim mesmo! Finalmente uma opinião lúcida e inteligente! Já começa a rarear neste País quem pense de forma racional e se deixe de justificar o estado a que isto chegou com o povo que tanto se sacrifica.

XEIRINHAS disse...

Está visto e à vista de todos,que o geverno de Passos Coelho tem que acabar e acaba-se logo também com as mortes por tosse convulsa e os cortes nos subsidios de férias bem como o 13º mês. Voltam os empregos com o crescimento da economia. Resumindo, voltam, é só o que nos faltam prometer, os tempos das vacas gordas. Voltou também a falar um dos primeiros ministros desses belos tempos, e como homem sério que é, o único que confessou ter culpas pelo estado em que nos encontramos,refiro-me ao Guterres. Os outros figurões que lá estiveram a começar pelo Cavaco, passando pelo Soares, sobre o mal que fizeram, cala-te boca, só a abrem para se mostrarem indignados com as politicas actuais e o Soares até acaba agora, esquecendo as bandeiras pretas desfraldadas contra ele e contra a fome em varios locais do país, a agressão de que foi vitima na Marinha Grande por alguém que não se esqueceu desse sofrimento, o chamamento do FMI e que nos fez passar por agruras quase como as de agora, com memória curta, encabeça agora um manifesto de setenta e tais criaturas que pede a demissão do governo mas não pede eleições antecipadas. Ninguim se interroga porquê? Será que não tem confiança no PS, ou achará que se para lá for o Seguro,a coisa será a mesma. O que será, diga-me quem souber é que lá estranho é?

Anónimo disse...

O colega pega na coisa bem, "na sustentabilidade ou não do estado social" mas depois se calhar como não gostou dos comentários, acaba por meter os pés pelas mãos.

Anónimo disse...

Ninguém desmente que não há casas que não deviam acontecer, mas alguns não são causa directa das malfeitorias do Passos. Digo eu. Mas V.Exas. é que são os entendidos.

Anónimo disse...

Xeirinhas, tempos das vacas gordas eram os tempos em que alguns mamaram até fartarem? Como o Dias Loureiro, o Armando Vara, o Socrates não esquecendo o Oliveira e Costa. Tens razão ao dizer que o Marocas tem memória curta, mas eu não e lembro a camarilha que ele nomeou para ir para Macau. Fizeram trita por uma linha, vieram todos de lá riquinhos perante o mutismo de Mario Soares. Lembro o principal, Melancia, o caso Emaudio com o Mateus. Disto não se lembra mas nem a idade o perdoa. Mas tú aqui também tens atacado muitos que têm dito estas verdades dizendo que eles querem é um retorno ao antigo regime. Olha, são estes ladrões e figurões que aqui falei que mais têm feito para que o povo comece a estar farto da democracia. Este Coelho que nos governa é capaz de ser o ultimo culpado já que apanhou em cheio com esta enxurrada dos maus governos que já vem do 25 de Abril. mas irinicamente são os ex-governantes que nos trouxeram até aqui os primeiros a culpá-lo. O povo alinha nisso e o povo é quem mais ordena.

Unknown disse...

Respeito o que o anónimo das 8:24 diz, mas parece-me muito vago.
Poderia ser um pouco mais explícito ?

Anónimo disse...

O Sr. Emanuel Bettencourt revela, no meu entender, uma ingenuidade chocante ao admitir que a solução por si preconizada, resolveria todos os problemas deste País, nomeadamente o que gira em torno do Estado Social. E porquê? Porque acredita piamente que por um toque de varinha mágica, o modo de operar de grande parte dos políticos (e os interesses económicos a eles associados) se viesse a alterar. Bastaria ouvir o Dr. Paulo Morais, para entender que, enquanto não forem responsabilizados, julgados e setenciados os autores de todas estas façanhas cometidas ao longo dos anos, os prevaricadores continuarão a boicotar, para seu próprio beneficio, todas as iniciativas, por mais promissoras que elas sejam. A Corrupção é o nosso cancro e é nela que devemos concentrar todos os nossos esforços. Denunciar tudo o que nos pareça pouco claro e exigir que a Lei não caia morta no fundo duma gaveta qualquer, é a prioridade. E exactamente por continuarmos a julgar as pessoas de acordo com a sua condição social, é que o sentido da Justiça anda pelas ruas da amargura. Ninguém acredita em nada e a esperança definha dia após dia. Os actores devem ser penalizados, porque a sua validade esgotou. Sem nada disto, nada se alterará.

Anónimo disse...

Problema: não há dinheiro para pagar o estado social.

Razões: cada dia é mais caro, porque:
- os médicos ganham, em média, 4000 euros mensais;
- os professores antigos,em média, ganham 2500 euros mensais,
- os juízes ganham, em média, 3500 euros mensais;
- os políticos e deputados,em média,3500 euros mensais;
- gestores públicos e privados,em média, 3000 euros mensais;

...- em média, há muita gente a ganhar muito dinheiro.


Solução:
- Passam a ganhar todos 1300 euros mensais; (porque carga de água estas pessoas acham que merecem ganhar estes ordenados?).

Se há pouco dinheiro, então, faça-se uma distribuição equitativa.

O que nos faz diferentes destes privilegiados?

1300 euros chegam para manter as pessoas acima do limiar da pobreza. 400 euros NÃO!


Rothschild disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rothschild disse...

Preocupa-me um pouco esta adoração pelos Paulos Morais que por aí andam. Bem vestidos e bem falantes a acusar tudo e todos de "corrupções" mas quando esse senhor foi chamado ao DIAP para concretizar as acusações não soube dizer um único nome nem apresentar uma única prova.
É preocupante a forma como se dá tempo de antena de alguém que tem o mesmo discurso há anos mas na hora da verdade nada sabe nem nada viu.
É preocupante como este tipo de pessoas faz com que os políticos e não políticos que nada têm a ver com corrupção neste país sejam colocados no mesmo saco de alegados criminosos. O próprio uso da expressão "os políticos" ou "o pessoal dos partidos" é de uma injustiça atroz quando mencionado por esse tipo de pseudo justiceiros. Se o Dr Paulo Morais sabe de crimes ou conhece criminosos pois então que faça queixa que todos nós agradecemos. Se não sabe de nada e se só ouviu dizer ou "acha" que é assim, talvez o melhor seja estar caladinho.

Anónimo disse...

Valha-nos Deus! Será preciso ser mais claro? O Dr. Paulo Morais põe a boca no trombone e toda a gente assobia para o lado?! Então, digam-me, porque razão ele faz acusações, revela nomes, aponta factos e ninguém o acusa de perjúrio ou difamação? Alguma coisa anda mal neste país. Por muitíssimo menos, muita gente foi dentro. Então anda tudo louco ou toda a gente acagaçada...

Anónimo disse...

...toma lá que este calou-te PP!

Rothschild disse...

Já o disse e volto a dizer, quando Paulo Morais foi chamado ao local próprio que é o DIAP para dizer "os nomes", calou-se. Não soube dizer nadinha,. Mas vai conseguindo o que quer que é um grupo de fãs que gosta de ouvir estas coisas e daqui a uns tempos o homem candidata-se a um cargo qualquer e esta malta vai lá votar nele. É demasiado fácil fazer fãs neste país.

Anónimo disse...

Ora aqui estou quase a estar de acordo com o Paulo Pinto. O tal Paulo Morais, segundo a Directora do DCIAP, quando lá foi chamado, disse os nomes que toda a comunicação social apontava como eventuais corruptos e que era nesse mundo que se movia. De resto ele fala em três ou quatro personalidades de quem não gostará, por qualquer razão e que a comunicação social amplia. Pergunto-me se ele seria assim tão anti corrupção se, no segundo mandato, Rui Rio o tivesse aceite na sua lista, como tinha sido no primeiro. Ficou loucamente ressabiado por ter sido chutado e transformou-se em "paladino" da anti corrupção. Que nomes indicou que não andassem nas capas dos jornais, nomeadamente no C M?

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Se à minha porta sentir um movimento inusitado de pessoas durante a madrugada e denunciar este facto às Autoridades, o mais provável é que as causas sejam investigadas e esclarecidas. Não me caberá a mim, porque não tenho essa competência, substituir-me às entidades competentes.O mesmo não acontece quando são figuras influentes a serem alvo de investigação. Aqui todos travam a fundo para não serem chamuscados, mesmo que haja indícios claros de tráfico de influências, favores, sinais de corrupção. Veja-se o caso do BPN. Dum caso de polícia, passou a um «erro de cálculo económico». E porquê? Lá está: uns são são filhos da mãe, os outros (leia-se povo anónimo) são filhos «de la putice». Tudo o resto são tretices...

XEIRINHAS disse...

Também eu acho que no caso do Paulo Morais haja um pouco de ressabiamento, mas`já quanto às suas queixas não terem consequências, aí não concluo que ele não possa ter razão. O Dr. Moreno julgo que é assim que se chama e que pertenceu ao Tribunal de Contas, e eu acredito-me que fale verdade, já pôs a nú todas as maroscas que houve nas negociações das SCUTS e com nomes. Resultados? Nenhuns. Tire, quem me lê, as devidas ilações.

Anónimo disse...

As declarações do dr. Moreno têm sido amplamente contraditadas por vários intervenientes, sendo que cada qual apresenta conclusões diferentes. O certo é que, segundo é dito, todos os contratos, novos e renegociados (este termo "renegociar" parece que vai ser banido do léxico)foram vistos e avalizados pelo Tribunal de Contas. Não imagino se o dr. Moreno lá estava ou não.

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Interrogo-me várias vezes o que faz com que o Sr. PP (Paulo Pinto) se insurja tanto em relação ao Sr. Paulo Morais... e consiga inclusivamente virar "o bico ao prego": a questão não é suspeitar se o Paulo Morais ficou ressabiado por não ter sido convidado para o segundo mandato mas antes porque é que o PSD não o quis num segundo mandato! Dá que pensar... E agora o burro é o Paulo Morais?!! lol Ele fala em nomes, Ferreira do Amaral e Lusoponte, Miguel Franquilho BES Investimento e o cargo de deputado, Adolfo Mesquita Nunes o escritório de advogados e o cargo de deputado, Armando Vara e todas as trapalhadas inerentes!!
Os clubes de fãs que incomodam o Sr. PP provavelmente fazem mais sentido que a defesa intransigente que o senhor tenta fazer do modelo de (sub)desenvolvimento que PPC (Pedro Passos Coelho) tem para o país depois de muitos governos incompetentes terem esbanjado a riqueza do país.

Anónimo disse...

Esquece-se do nome mais sonante nas investidas do Dr. Moreno nas PPP das SCUTS o Dr. Paulo Campos. Esquecimento ou outro motivo? Quando ao Dr. Paulo Morais nunca o ouvi acusar de nada ao Rui Rio, este é um homem acima de quaisquer suspeitas e uma reserva da República.

Anónimo disse...

Quem tem algo pode começar a ter medo! Muito medo!

A sobrevivência não tem qualquer moral!

e depois fechem as mãos na cabeça e digam que são comunistas, esquerdistas, fascistas, malandros...
Continuem a assobiar para o lado!

Anónimo disse...

Sem querer meter a foice em seara onde não tenho labutado, direi que o Dr. Paulo Morais só se tornou muito anti corruptos depois de ter sido rejeitado pelo Rui Rio. Enquanto esteve na Câmara, no departamento de obras terá agido como todos. Fala-se num processo na Avenida Montevideu, despachado por ele (aprovado) que ainda agora está a constituir um imbróglio de resolução complicada. Quanto ao Dr. Paulo Campos, que até nem tem estado muito na mira de P Morais (ele não gosta sobretudo de Jorge Coelho, Ferreira do Amaral e depois atira-se aos que são batidos por toda a gente (Isaltino e Cª.)o Paulo Campos não tem tido lugar em antena para se defender, porquanto numa vez que o deixaram ir à TV ele desmontou com alguma facilidade as teorias do Paulo Morais.

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Ó «Laranjinha Mecânica»! A coisa está a ficar «preta» para os teus lados...Muita gente já está a ver o teu jogo! Tens que o saber esconder melhor! Um xi

XEIRINHAS disse...

Resumindo e concluindo as Parcerias Público Privadas negociadas pelo Dr. Paulo Campos, são afinal uma coisa boa que nos aconteceu. O Estado sai delas bastante beneficiado, trocando por miúdos, o Povo até acaba por meter dinheiro ao bolso. Se for o Polvo vai dar ao mesmo. Valha-nos Nossa Senhora, caso ela não tenha visto a entrevista do referido benemérito. Se viu, nada feito pois estará completamente esclarecida.

Anónimo disse...

Acreditará que tem havido um interesse desmesurado em empolar o caso das PPPs (notar que a primeira e, essa, verdadeiramente gravosa, foi feita no tempo do impoluto Cavaco)tendo sido atirados para o mundo valores que não correspondem à verdade. O que verdadeiramente houve foi a construção de estradas e auto estradas desnecessárias, a mais paradigmática das quais é a A32. O que ficou previsto desde o primeiro PDM (1989) era um IC e, por ifluência sobretudo das Câmaras, passou a AE. Um verdadeiro roubo. Saiba-se de quem foi a decisão última.

José Pinto da Silva

Rothschild disse...

Fico contente por haver tanta gente que conhece o Laranja Mecânica.

XEIRINHAS disse...

No tempo do Cavaco aquilo era novidade e as PPP ao que julgo no capitulo hospitalar, que as há,até tem funcionado bem, o problema é a negociação como está farto de saber. No caso do Paulo Campos é que o acusam de renegociar com prejuizo de erário público. Da entrevista a que se refere só reti aquela parte em que ele, sem se rir nem corar afirmou que se não fossem os pais ajudararem-no monetariamente, estaria a passar mal muito mal. Eu julgo que não, o Lions Club ou os Rotaryos da sua zona como se trata de um caranciado chique, não lhe faltariam com o apoio. Já agora, lembra-se de quem disse que o País estava de tanga? Lembra-se o que chamaram ao homenzinho? Ridicularizaram-no totalmente. Não demorou muito e estamoscomo estamos, com culpas para o Passos Coelho, essa é que é essa.

Anónimo disse...

Pois é pena que só tenha fixado aquela parte da entrevista que, do meu ponto de vista, foi mesmo uma argolada. Mas... os 10 000 mais alguns milhares de "despesas de Representação" não chegam para as despesas do Anibal. Merecem, pelo menos, o mesmo grau de tolerância.

José Pinto da Silva

XEIRINHAS disse...

Sem contemplações. Tolerância zero para estas tiradas. Vá ao arquivo aqui da coisa há época e vai ver que não fui nada meigo com a criatura.

XEIRINHAS disse...

Fui eu que escrevi "há época?". Já duvido de mim próprio. Erro imperdoavel.

Unknown disse...

Tropecei casualmente nesta notícia publicada no "EL PAIS" de ontem e pareceu-me adequado reproduzir aqui um pequeno excerto que de alguma forma entronca com o tema proposto no post.

"El Gobierno prepara un nuevo cambio en las pensiones. Quiere acabar con la estrecha y exclusiva vinculación entre la evolución de las pensiones y los precios. exclusiva vinculación entre la evolución de los precios y las pensiones que garantiza el poder adquisitivo de estas últimas. Para hacerlo, apuntan fuentes gubernamentales, recurrirá al factor de sostenibilidad, un instrumento contemplado en la reforma de pensiones de 2011 todavía por desarrollar legalmente.