03 novembro, 2007

Uma verdade inconveniente

As “Kouzas” estão ao rubro nas Caldas.

Em resposta a um comunicado do Ps das Caldas, que podem ver no blog das caldas, tivemos acesso a um outro comunicado, desta vez do principal visado, José Martins, concorrente pela lista Independente “Futuro já”!

"Uma verdade inconveniente"

Lamentavelmente, à falta de ideias construtivas para colocar à discussão do eleitorado, resolveu o Sr. Jorge Pinto e o PS de Caldas de S. Jorge fazer um juízo de valor e carácter da minha pessoa, alegando que terei dado o “dito por não dito” a propósito da já famosa fossa na Rua do Engenho.

Como refere o candidato do PS no blogue da sua candidatura que o “episódio da construção da fossa deveria ser relatada em detalhe”. Esqueceu-se de dizer que era a versão dele, e que por ser dele pode não ser a verdade absoluta, isto, porque a minha verdade é diferente.

O Sr. Jorge Pinto sabe que desde a entrada do actual Presidente da Junta, necessitava apenas do acordo do secretário ou do tesoureiro para se sentir com a maioria sem precisar de saber qual a terceira opinião.

Neste caso o Sr. Jorge Pinto lá saberá que acordo fez com o Presidente da Junta.

Colocando a discussão nestes modos, vamos debater-nos com duas verdades, a minha e a do Sr. Jorge. Assim sendo considero essencial clarificar a minha posição:

Quanto à fossa “nunca fui tido nem achado” quanto à minha opinião, uma vez que quando me foi dado conhecimento, a decisão era um facto consumado.

Mesmo que tivesse sido convidado a dar opinião teria votado contra por duas razões: a decisão de a construir era ferida de ilegalidade, a Junta de Freguesia nunca poderia autorizar a construção da fossa, fosse em que terreno fosse muito menos no seu terreno, porque não estava habilitada a dar tal autorização uma vez que as fossas carecem de projecto e licença Camarária; e a segunda razão é que, há algum tempo atrás foi me pedido um parecer técnico para a resolução do problema. Nessa altura sugeri a instalação de uma bomba elevatória na fossa existente que permitiria ao esgoto cair na rede pública com a devida autorização da Indáqua que já é utilizada na rua em frente ao prédio.

Se nunca me pediram opinião para o assunto, é claro que também não contam comigo para assinar uma acta que aprova por unanimidade uma decisão que eu nunca votei.

Acho estranho que toda a verdade (do Sr. Jorge Pinto) venha à Praça Pública falando de uma acta de uma dita reunião de Junta realizada em 10 de Setembro de 2007, onde delibera autorizar a construção de uma fossa conforme protocolo assinado com o condómino do Prédio, quando o protocolo tem data de 21 de Setembro, isto é 11 dias depois da dita reunião.

Afinal em que ficamos? À data da reunião o protocolo estava ou não assinado?

Por aqui se pode ver que a verdade do Sr. Jorge anda um bocadito arredada da minha verdade, provavelmente da verdade!

Deixo uma pergunta no ar, admitindo por hipótese votar a acta como está, ilibaria o Sr. Jorge Pinto do erro cometido?

Na altura, fui aconselhado a denunciar o facto às instituições responsáveis e não o fiz, esse talvez tenha sido o erro que eu cometi e não estaria agora aqui a sujeitar-me a juízos de valor sobre a minha pessoa.
Espero com isto ter contribuído para melhor esclarecimento da opinião pública.

José Martins

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