21 maio, 2009

De quarentena, nem morto

O tal de Rangel, volta e meia, range-nos com os medos. É de medo, o meu, que eu aqui venho postar. MasIMG_3703 não se assustem. Para assustado, basta eu.

Vamos lá então ao meu cagaço que, tem muitos nomes, mas no final, vão todos dar ao mesmo: gripe. Começou por ser suína e os porcos sem culpa nenhuma, passou a mexicana e estes não gostaram nada da ideia. Baptizaram-na definitivamente: Gripe A H1N1 e foi para valer.

Por  cá, com medo, só se for eu. O resto anda até excitado. A comunicação social, pela-se por noticiar um caso positivo. Só lhes saem suspeitos. O governo está incrédulo e não é para menos. Se  qualquer país do 3º Mundo tem o seu caso, porque diabo é que o vírus da gripe da moda não quer nada connosco e deixa-nos assim na cauda da Europa e agora também do Mundo dos afectados. É que, se estou bem informado, ou então, é segredo de estado, o vírus, não quer nada connosco.

Mas se ele não quer nada com o portuguesinho, o contrário já não acontece. Andamos atrás dele que nem cães. Um pândego tosse duas vezes, há terceira tossidela, já tem à perna o 112. Dá um espirro mais forte.   Não é um “santinho” que o espera. É uma bateria de exames clínicos, sem fim. E como mais sintomas existem, os suspeitos não faltam. Mas vírus? Nem vê-lo.

O governo é que não desiste e a esperança é a ultima a morrer. Julgo até que o Ministério da Saúde anda de boca aberta à sua espera e, como é apanágio desta equipa governamental, o trabalho de casa está feito. Paletes e mais paletes de Tamiflu a que se juntam milhares de mascaras, estão prontas para o ataque ou defesa já nem sei. Até a pandemia pode vir.

É aqui que entra o meu medo. E não é para menos. Uma “constipaçãozita”, daquelas de trazer por casa, trazem-me de pingo no nariz. Trazem-me também medroso e sabemos como isto é, homem com medo é pior que mulher grávida.

Então aquele barulho das ambulâncias do INEM é assustador. Ponho as mãos ao nariz e seja o que Deus quiser, só descanso quando as vejo ao longe.

Estou agora na bica, para suspeito. Aquela senhora de Seia, foi a ultima. Fugiu  do hospital e barricou-se em casa. Arranjem outro, disse ela.

Esse outro, por isso tenho medo, posso ser eu, mas já avisei a família. De quarentena, nem morto.

(By xeirinhas)

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