O tal de Rangel, volta e meia, range-nos com os medos. É de medo, o meu, que eu aqui venho postar. Mas não se assustem. Para assustado, basta eu.
Vamos lá então ao meu cagaço que, tem muitos nomes, mas no final, vão todos dar ao mesmo: gripe. Começou por ser suína e os porcos sem culpa nenhuma, passou a mexicana e estes não gostaram nada da ideia. Baptizaram-na definitivamente: Gripe A H1N1 e foi para valer.
Por cá, com medo, só se for eu. O resto anda até excitado. A comunicação social, pela-se por noticiar um caso positivo. Só lhes saem suspeitos. O governo está incrédulo e não é para menos. Se qualquer país do 3º Mundo tem o seu caso, porque diabo é que o vírus da gripe da moda não quer nada connosco e deixa-nos assim na cauda da Europa e agora também do Mundo dos afectados. É que, se estou bem informado, ou então, é segredo de estado, o vírus, não quer nada connosco.
Mas se ele não quer nada com o portuguesinho, o contrário já não acontece. Andamos atrás dele que nem cães. Um pândego tosse duas vezes, há terceira tossidela, já tem à perna o 112. Dá um espirro mais forte. Não é um “santinho” que o espera. É uma bateria de exames clínicos, sem fim. E como mais sintomas existem, os suspeitos não faltam. Mas vírus? Nem vê-lo.
O governo é que não desiste e a esperança é a ultima a morrer. Julgo até que o Ministério da Saúde anda de boca aberta à sua espera e, como é apanágio desta equipa governamental, o trabalho de casa está feito. Paletes e mais paletes de Tamiflu a que se juntam milhares de mascaras, estão prontas para o ataque ou defesa já nem sei. Até a pandemia pode vir.
É aqui que entra o meu medo. E não é para menos. Uma “constipaçãozita”, daquelas de trazer por casa, trazem-me de pingo no nariz. Trazem-me também medroso e sabemos como isto é, homem com medo é pior que mulher grávida.
Então aquele barulho das ambulâncias do INEM é assustador. Ponho as mãos ao nariz e seja o que Deus quiser, só descanso quando as vejo ao longe.
Estou agora na bica, para suspeito. Aquela senhora de Seia, foi a ultima. Fugiu do hospital e barricou-se em casa. Arranjem outro, disse ela.
Esse outro, por isso tenho medo, posso ser eu, mas já avisei a família. De quarentena, nem morto.
(By xeirinhas)
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