Em Canedo há falta de mexilhão

A história já está como o mundo. Sempre a mudar. Mas não é de agora. É desde sempre. Já há uns tempos  atrás, Camões dizia que “…todo o mundo é composto de mudança…”

Vejamos: “Quando o mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão”. Isto já é mais do que um provérbio popular é mesmo um axioma. É uma verdade que está mais do que demonstrada, sabendo nós, quem é esse tal de mexilhão.

Agora vejam como o provérbio já está de pantanas, digo mesmo, virado do avesso. Reparem, repesquei isto dos jornais. O Ministério do Ambiente chumbou uma das três barragens a construir no Alto-Tâmega. A de Pedroselos. A declaração de impacto ambiental (DIA) deu parecer negativo porque, tal estrutura a construir-se não preservava o “Margaritifera, margaritifera”, espécie rara e em vias de extinção que existe no local, protegida por legislação nacional e europeia. É um bivalve que Lineu catalogou com este nome científico mas nós conhecemo-lo por mexilhão. E muito embora a agua aqui seja a de um rio, o Tâmega, o provérbio não se vai cumprir. O bicho vai safar-se.

Cá em Canedo, não sei se já está a decorrer o DIA ou se foi adiado, para a construção do aterro sanitário. A nossa safa, era se encontrassem por lá uns mexilhõezitos. Se não aparecerem já se sabe quem se vai f…..r.

A história em Canedo, é que nunca muda. Somos os eternos mexilhões.