Telephone: je t’adore!!!

Bom jour!.

Aqui de Paris de França, envio-vos um caloroso abraço.
 

Estou prestes a visitar novamente o meu concelho profundo que se chama Santa Maria da Coba. Pois é. Mais uma vez, as minhas férias vão ser passadas não em Paris, não em Londres, não nas Caraíbas, nem tão pouco em Nova York (onde alguém recentemente terá estado), mas sim, junto de todos vós.

- Alléz!

Já cá não escrevia há muito tempo. Afazeres profissionais impediram-me de estar na vossa companhia digitando uns caracteres e umas frases mais ou menos desarticuladas mas com algum sentido, nem que fosse apenas o proibido…

Procurei, durante esta “hibernação” da blogosfera, manter-me informado de todos os assuntos pendentes, prementes, contundentes ou mesmo ausentes com que a nossa Cambra nos vai presenteando.

E hoje, mais do que nunca, depois ter lido o post do meu amigo Shrek, acerca do suposto gasto de 3000 euros em chamadas internacionais que alguém da Cambra terá feito durante umas merecidas férias em Nova York, não pude conter-me e decidi alinhavar umas linhas que, quase de certeza vão cair em saco roto.

Mas mesmo assim vou prosseguir.

Não queria acreditar no que lia. Então, depois de ter visto o avariador do dinheiro a falar na televisão internacional acerca do grande plano de poupança que a Cambra era fiel depositária, um exemplo para todos os Europeus desnaturados que gastam o que não podem, não é que surge este caso que me envergonha mais do que a cuspidela do CR9 numa câmara de filmar?

Talvez isto vá passar impune. C’est ça!

Mas, como emigrante e bom portuga que sou, vou lançar daqui de Paris um grito de revolta na esperança que ainda existam políticos de bem na nossa terra. Espero sinceramente que o Barbinhas faça algo e que ponha ordem na mesa. Não basta parecer. Temos de ser. E neste caso, a ser verdade, é necessário chamar à pedra o funcionário ou a funcionária que gastou em telefone num mês aquilo que a minha mulher ganha em 7 meses de trabalho árduo aí na Coba. 

Quero acreditar que tudo não passa de um simples boato. Mas, como se diz, não há fumo sem fogo. 

Por isso, esperando que não se confirme a notícia, lanço o repto de que a Cambra torne públicos os gastos mensais em telecomunicações. Dizem que são centenas de telemóveis a circular pelos corredores. Será justo que os feirenses saibam quem são os funcionários que os possuem, para quê e quanto gastam por mês.

Já agora, também me contaram que, pelos vistos, existem dezenas de motoristas e funcionários da Cambra que usam e abusam das viaturas municipais. Parece que se levantam de madrugada para, fora dos horário de trabalho, transportarem familiares e amigos para os seus afazeres, percorrem dezenas de quilómetros para almoçarem todos os dias no conforto das suas casas, ou seja, utilizam a viatura para afazeres pessoais. Tudo à conta do posto de abastecimento camarário. 

Se é verdade eu não sei. Se isso é significativo em termos financeiros também não sei (não percebo nada de números).

O que eu sei é que, se nos querem vender a ideia de poupança, comecem por um pequeno gesto que é dar o exemplo nestas pequenas coisas.

Bon, je ne crois pas. N'est pas possible!

Aurevoir!