18 outubro, 2010

Ao domingo, até o nosso Senhor descansou!

imageÉ uma polémica que tem vindo a dividir as nossas populações: a abertura dos hipermercados ao domingo. 

Em favor desta abertura, ouvimos muitas vezes que “dá mais jeito”, “é o único dia que podemos e temos tempo” ou mesmo que “irá criar postos de trabalho”.
Pensemos, pois, um pouco, sobre cada um deles. E já pelos dois primeiros: “dá mais jeito “ e “é o único dia em que podemos e temos tempo”. É verdade. Cada vez as pessoas trabalham mais, deixando muito pouco tempo disponível para as tarefas domésticas. Mas também é verdade, que quando saem ao domingo, normalmente vão as famílias, dão um passeio e aproveitam para fazer as compras. Então e os trabalhadores deste sector, na sua maioria mulheres, não terão eles direito a estar com a família ao domingo? Com os filhos? Direito a passear, a brincar, a estar com os irmãos, com os tios, os pais, fazer o clássico almoço de domingo com a família?

A resposta é simples: abrindo o comércio ao domingo, não. 

E criará postos de trabalho verdadeiramente? A ânsia dos grandes hipermercados, que até obrigaram os seus trabalhadores a recolherem assinaturas pela abertura ao domingo, não é, certamente, o bem-estar de quem trabalha, mas o lucro que podem tirar. E a verdade é que vão obrigar os seus trabalhadores a trabalhar mais horas, provavelmente pelo mesmo salário, graças às infinitas possibilidades abertas pelo Código do Trabalho do PS que permite o agravamento brutal da exploração. E quando não sobrecarregam com tarefas os seus trabalhadores, recorrem a várias formas de precariedade, nomeadamente o trabalho temporário, onde não há direitos, os salários são miseráveis e não há garantia de um amanhã com segurança no emprego. Aliás, foi precisamente o sector das grandes superfícies comerciais que quis implantar as 60 horas semanais, apenas impedido pela luta dos trabalhadores e do seu sindicato. 

Ora, a partir de agora caberá às Câmaras Municipais a decisão sobre esta matéria. A CDU questionou o executivo camarário que, pelos intervalos da chuva, dizendo, sem dizer, deixou antever que a decisão será favorável à abertura das superfícies comerciais. 

Não terão então estes trabalhadores direito a estar com as suas famílias ao domingo? Direito ao repouso e lazer previstos na Constituição Portuguesa (que agora o PSD e o CDS pretendem rasgar)? 

Alguns sectores já lutam pela dignidade e humanismo, pelo direito a uma vida com direitos destas pessoas, que para muitos dos seus patrões são máquinas. Decorre já mesmo uma petição europeia, que moveu mais de 18 000 pessoas, assinada por comunistas, como a Ilda Figueiredo, mas também pela Conferência Episcopal Portuguesa que afirma que “os lucros não deverão sobrepor-se aos valores familiares”, e por representantes do comércio tradicional. 

Apenas a Suécia, a República Checa, Estónia, Letónia, Lituânia e Eslovénia – 6 países – têm o comércio aberto ao domingo. Não será este o tempo de humanismo para uma decisão camarária, que fará prevalecer o direito ao repouso, ao descanso, a estar com a família, o combate à exploração desenfreada das nossas mulheres trabalhadoras? 

Afinal, ao domingo, até Nosso Senhor descansou! 

Lúcia Gomes 

Eleita Municipal da CDU

22 comentários:

Rothschild disse...

Bem, não sabia que a Sra Lúcia era tão católica!!!
Pois então, segundo o PCP, paremos ao país ao domingo. Ao domingo não há televisões a funcionar, não há jornais, não há bombas de gasolina, não há voos, não há comboios, não há autocarros... Esses trabalhadores já não têm direito ao descanso?
Para o PCP trabalhar ao domingo deve ser desprezo. Para o PCP não importa se as pessoas precisam de emprego, não importa as pessoas que não podem fazer compras noutro dia qualquer (porque estão a trabalhar). O PCP importa-se com as pessoas que querem descansar ao domingo e quer regular o dia da semana que eu uso para ir às compras. Vem um partido político dizer-me em que dia da semana eu devo as minhas coisas.
E se me apetecer ir todos os domingos às compras? E se eu quiser trabalhar ao domingo num hipermercado? E se o domingo for o único dia que eu tenho livre para trabalhar em part-time para ajudar a pagar os meus estudos?
Este ódio visceral do PCP às grandes empresas que detêm as grandes superfícies cega-os de tal forma que querem regular onde e quando cada um faz compras e usa do alto da sua demagogia para falar de "domingos em família". O PCP tenta encapotar esse ódio ao lucro das grandes empresas (que empregam milhares e milhares de pessoas) com uma suposta luta pelos direitos dos trabalhadores.
É triste!!!

PS - Liu Xiaobo continua preso por pensar de forma diferente do Governo que apoias. Preocupem-se mais com os direitos humanos e menos com as minhas compras!!

Anónimo disse...

o senhor descansou ao sétimo dia. saiba a menina que o sétimo dia é o sábado e não o domingo.
a Senhorita não escreve um artigo de opinião sobre o prémio Nobel da paz deste ano?
ou outro sobre as suas votações ma Assembleia Municipal? podia explicar ao povo o porquê de votar quase sempre ao lado do laranjal.

Anónimo disse...

Descansar ao domingo ou ao sábado!, ir às compras ao domingo ou noutro dia qualquer!, vão mas é trabalhar seus mandriões, sempre aqui a postar e a comentar, toca a ir trabalhar de segunda a domingo e levar todo o dinheirinho que ganham ao teixeirinha.
Eng. Sócrates

Anónimo disse...

Ó engenheiro, não acha que está a ser um bocadinho duro?????
Dê-nos pelo menos meia hora ao domingo para fazermos alguma coisa que nos apeteça.

XEIRINHAS disse...

Estes senhores e já agora, senhores, têm uma caracteristica:dão-se bem quer com Deus quer com o diabo, logo que sirvam os seus pontos de vista.Lembrem-se que foram eles a chamar democracia à Coreia do Norte.

Samuel Reis disse...

A Dr.ª Lúcia e o seu PCP converteram-se ao cristianismo. O que diria Marx ou Engels se a ouvissem. Deixou-se apanhar pelo ópio do povo?

Subscrevo ainda a petição de um comentador deste post: Para quando um post da Lúcia/PCP sobre o Nobel da Paz 2010, Liu Xiaobo? Ou sobre a sucessão dinástica da sua/vossa Coreia do Norte?

Aguardamos ansiosos pelas suas/vossas belas palavras repletas de um romântismo ao estilo Thomas Moro...

Ricardo Silva disse...

Paulo Pinto, és um verdadeiro opinion maker...o problema é que raramente acertas...Fazes-me lembrar o Marcelo Rebelo Sousa que fala, fala , fala e não diz nada produtivo, só te falta no final dos comentários começares a citar livros..Inclusivamente para poupares trabalho a escrever acho que já há no google aplicações que produzem redondâncias de discursos...Sempre poupas o teclado e fazes copy, paste...!Para tu poderes fazer um part-time quase de certeza que tens de te inscrever numa empresa de trabalho temporário...Pois é, caso não saibas, é assim que actuam as grandes empresas...Não criam posto trabalham, retiram condições a quem já as adquiriu ao longo do tempo...Se fazes compras ao Domingo, admiro o teu espirito sofredor na altura do pagamento, porque o que é adoptado para a retenção de custo das grandes empresas com milhões de lucros é colocar apenas uma ou duas caixas de pagamento abertas para tantos e tantos clientes como tu!!! Que tal saberes o que é o mundo do trabalho á séria? Gostava de te ver a fazer um turno...

Vergadense disse...

Só eu quero trabalhar 24h. sobre 24h. e ninguém me deixa...
Estou pronto a fazer qualquer coisa e não olho a ordenado porque sabe Deus o que os Belmiros passam para ganhar a vida.
Um desgoverno assim tão poupado e uns funcionários tão desocupados a nos tirarem da crise, cuidarem da saúde, encherem de impostos, de injustiça social e a distribuirem riqueza, nem têm tempo para irem às compras ao sábado ou durante a semana, a não ser ao domingo depois da Ultima Sessão.
24h. não é nada, ainda por cima com ar condicionado... mesmo assim ninguém me deixa trabalhar.
Os horários não podem ser só para eles, quem trabalha nas grandes superfícies é como estar de férias... o dia havia de ter 48h.
Eu não acredito em Deus porque até nem sei o que quer dizer Sábado, Domingo, Família, Filhos, Cultura, Convívio e essas Merdas todas que só servem para ganzar o cérebro dos preguiçosos que não querem dar o Cú ao manifesto. Deixai-me trabalhar 24X24h. o trabalho liberta e não desperdiço tempo a gastar dinheiro fora.
Eis uma nova oportunidade para agarrar com as duas mãos porque nem me vou querer reformar.
Estou tão feliz com este novo emprego que já vou encomendar o meu caixão.
Estou tão agradecido à Coreia do Sul da Europa que tão ilustres queridos leaders nos tem dado que nunca me vou esquecer das palavras daquele grande visionário que dizia:-deixem-nos trabalhar, deixei-nos trabalhar...
Até que enfim, meus filhinhos das quatro estradas, sempre lá chegamos.

Rothschild disse...

Para arranjar um part time preciso de uma empresa de trabalho temporário? LOL Vê-se mesmo que não faz nenhum!!!

Anónimo disse...

"Só eu quero trabalhar 24h. sobre 24h. e ninguém me deixa..."
Isto é de rir, querem a verdade? Há falta de candidatos para trabalhar nos hipermercados, porque os candidatos recusam-se a receber o ordenado mínimo e trabalhar domingos e feriados. Os virtuosos que "querem" emprego não querem trabalaho, deixem-se de gozar com as pessoas.
A abertura aos domingos à tarde vai trazer ofertas de emprego!? quem o diz nunca trabalhou num hiper, porque se trabalhassem sabiam perfeitamente que os turnos serão apenas alterados para terem pelo menos um funcionário/sector se possível 1 de manhã e 1 de tarde. Quando não é possível (folgas de pessoal) faz-se um turno de manhã e a ordem é atestar o máximo, como já acontece agora!
Gostam de números? Pingo Doce de grijó 28 entrevistados para 2 vagas de emprego, 28 que preferem receber o fundo de desemprego a trabalhar ao fim de semana, perdeu-se tempo com entrevistas inúteis!!! Deixem de tapar o sol com a peneira, ninguém quer trabalhar, querem um emprego!

Anónimo disse...

Caro Paulo Pinto aqui lhe envio uma resposta a um artigo de Fernanda Câncio que lhe assenta que nem uma luva!


"Olhe, talvez fosse mais original atribuir o Prémio da Paz a um daqueles prisioneiros do campo de concentração americano em Guantánamo, como símbolo de uma opressão ao velho estilo nazi, onde centenas de seres humanos sem culpa formada, de delito de opinião ou vias de facto, aguardam não se sabe bem o quê. Aguardam talvez que se encontrem as armas de destruição massiva no Iraque, ou o Mullah e o Osama no Afeganistão. Diga lá que não era um destino exemplar para o Prémio Nobel, uma verdadeira crítica à detenção e concentração arbitrária? Mas é difícil atribuir tal prémio a seres humanos que não podemos sequer saber que existem, ou que para todos os efeitos não existem. Mas a Fernanda também não saberá nada sobre isto. E também não lhe passará pela cabeça porque até ao dia de hoje nunca foi atribuído um Prémio Nobel pela Paz a nenhuma das milhares de personalidades que por todo Mundo ousaram erguer a sua voz contra uma das incontáveis e sangrentas guerras que os Estados Unidos da América desencadearam no Planeta."

Ana Maria Pereira disse...

Se ainda sei ler, o assunto é a abertura dos hipers ao Domingo e não o Nobel.
Já há muito tempo que considero de muito mau gosto estes negócios abrirem nesse dia.
Gostava de ver estes "opinares" a trabalhar por turnos, sem tempo para a família, para realizar os seus projectos pessoais, ganhar o salário mínimo e trabalhar num clima de pressão. Claro que falo para aqueles que sabem do que estou a falar.
Gostaria ainda de acrescentar que no dias de Domingo, os hipers transformam-se em CAF, ou seja, Componente de Apoio à Família.
O Domingo é para descansar, ler, passear, fazer nada, fazer tricot e crochet,........ Domingo é Domingo!!!!!!!!

Anónimo disse...

Eu queria ver parar transportes, cinemas, restaurantes, cortar a luz ao domingo, a àgua, telefones,Fechar farmácias, hospitais, etc etc etc.
Ou será que as pessoas que asseguram esses sectores não tem familia?????
Ou será que quem trabalha nos hipers é gente e os outros apenas povo.
Se eles aceitam contratos maus, isso é diferente, mas, também ninguem os recusa, não é???
Eu tenho um familiar que trabalha em turnos e sei bem como é desagradável quando não está.
Masssss... seria bem pior se estivesse sempre, porque temos de comer etc e tal. e presta um tipo de serviço indispensável seja domingo friado ou férias.
Afinal pensem antes de pedir, não façam tanto barulho só para dar nas vistas.
Preocupante neste momento é mesmo saber como a "gente" e o "povo" vão conseguir sobreviver com esta crise de valores actual, que nos está a levar a uma crise económica e emocional deplorável, causada por abomináveis atitudes de quem não tem valores morais e só pensa no seu umbigo.

Rothschild disse...

Não, não assentou que nem uma luva nem teve nada a ver com o que eu disse. Fail.

Ana Maria Pereira disse...

Quando se perde o censo comum e a vergonha, já não há nada mais a perder.
O que tem a ver fechar os hipers com os hospitais!!???!!!????
Não me admira opaís estar como está.
Veja-se só os exemplos das cidades dos países do norte da Europa.
Não são as horas intermináveis de trabalho que provocam progresso. Está visto com o nosso exemplo.
Disse e vou trabalhar mas, volto.

Lúcia Gomes disse...

Com respostas breves,

1.º Muito agradeço todos os comentários do Sr. Paulo Pinto, nomeadamente quando os pessoaliza, sem mesmo me conhecer. Admiro, em todo o caso, o acompanhamento fiel às opiniões que vou escrevendo e às intervenções por mim feitas na Assembleia Municipal. Por ser mesmo disso que se trata. A intervenção do PCP local e nacionalmente. A mim não me cabe justificar decisões de outros países, como não exijo a ninguém do PS ou PSD que expliquem as posições dos seus pares noutros países. Aliás, lamento que o vernáculo do Sr. Paulo Pinto se dirija a mim, até porque, do que tenho visto do seu blogue, não é esse o seu tom e tem artigos, a meu ver, bastante interessantes e bem escritos, independentemente da minha opinião sobre determinadas posições. De qualquer forma, agradeço a atenção que me dá, de forma tão reiterada e frequente.

2º Para o anónimo do sétimo dia, começando a semana à segunda, o 7º dia é precisamente ao domingo.

3º Quanto à "aliança" com Deus, ainda não tenho poderes sobrenaturais, mas, como quase todos os feirenses, tive uma educação católica, e vou conhecendo e às vezes reconhecendo como boas algumas tomadas de posição. Aprendendo com aqueles que não pensam como nós, evoluímos.

4º Relativamente à suposta criação de trabalho aos domingos, é puramente ficcional. Quem quer trabalhar 24 horas por dia, que o faça. Mas cabe efectivamente ao Estado e, neste caso, às autarquias, determinar o horário de funcionamento das grandes superfícies comerciais (não ao PCP enquanto partido). Cabe à lei determinar precisamente quando podem ou não fazer compras. E cabe à lei, nos termos da Constituição, a articulação entre a vida familiar e a vida profissional. E quando a vontade de fazer compras ao domingo se sobrepõe ao respeito por aqueles e aquelas que estão nas caixas todo o dia, sem possibilidade de estarem com a família, a receberem cerca de 500 euros e quando têm as pausas são em dias que as suas famílias estão a trabalhar, algo vai mal. Tudo está bem desde que eu possa passear e comprar coisas, aumentar os lucros das grandes entidades, independentemente do esforço, tantas vezes sacrifício, de quem está numa caixa de supermercado (que, evidentemente não é uma farmácia nem um hospital...). Não é nem nunca foi uma questão de querer emprego em vez de trabalho. E é um direito querer ter fim-de-semana. Senão, passemos todos a ser máquinas. Sem sentimentos, necessidade de descansar, de lazer, até mesmo comer, e executamos as tarefas mecanicamente. Seria uma sociedade perfeita, assim.

Anónimo disse...

Querida Ana Maria tem tudo a ver,
o que está em causa é que cada um passa o dia de folga como quer, e não é por se trabalhar ao domingo que as familias se estão a perder, mas, isso sim, por falta de moral e de tolerância uns com os outros.
Só quero dizer que os funcionários dos hipermercados fazem a opção de trabalhar ao Domingo porque querem, e as familias que optarem por ir ás compras juntos ao Domingo, também vão porque querem e tem esse direito.
Se a senhora por ser voz da rádio acha que tem a razão toda está enganada, não parece mas ainda estamos em democracia.

JENY disse...

Sou estudante, trabalho num hipermercado ao fim de semana para poder sustentar os meus estudos.
não sou filha de pai rico, até sou, mas o capricho dos meus pais levou-os ao divórcio e eu com os meus irmãos pagamos a factura.
Deixem-me acabar os estudos ou então arranjem-me um trabalho melhor, ou se preferirem que tal assumirem as minhas despezas todas até eu terminar a minha formação?
gostava de saber qual a diferença de trabalhar num hipermercado ou noutro lado qualquer? ainda não deu para perceber.
É pecado? Ou é birra porque os comércios pequenos não podem abrir?
esses sim é que deviam poder optar se abrem ou não.
Há muita gente que chega tarde a casa durante a semana, e cuida dos filhos, não pede o divórcio porque o outro lhe deixou o fardo e ao domingo vão juntos fazer as compras.
Isso é dedicar o domingo à familia.
Desculpas que é por causa da familia não pega.
Passem bem, e deixem-me viver.
Muito obrigado.

Rothschild disse...

Cara Lúcia:
eu não falei em " decisões de outros países". Eu falei nesta pouca vergonha do seu partido, bem português: "É, na linha da atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2009 ao Presidente dos EUA, Barack Obama, mais um golpe na credibilidade de um galardão que deveria contribuir para a afirmação dos valores da paz, da solidariedade e da amizade entre povos". Este é o lamento do seu partido à atribuição do Nobel da Paz a um homem que luta pela liberdade.
Depois, já o disse e volto a dizer que tenho um gosto especial pelo PCP seja a nível local, nacional e (o meu preferido) a nível internacional. Não é difícil de perceber este meu gosto: um partido apoiante da repressão e castrador da liberdade tem em Portugal 7 a 10% dos votos. É um fenómeno que considero interessante.

Ana Maria Pereira disse...

Caro anónimo, se reparar nos funcionários dos hipers, são quase todos muito jovens, emcontratos temporários, licenciados sem emprego, e por aí fora....
Agora pense comigo. Se os pais destes jovens tivessem trabalho devidamente remunerado que lhes permitissem pagar a faculdade, o Sr. Anónimo acredita mesmo que a Sonae ou a Jerónimo Martins tinham esta máquina de fazer dinheiro e escravos?????
Sou da rádio mas não sei tudo e ainda bem!!!!!
Se quer saber um pouco mais, navegue na net em ZEITGEIST. Vai doer......mas vai ficar a saber o porquê de toda a História.

Rothschild disse...

Oh Não. Mais uma que acredita que no Zeitgeist. Quer que lhe diga quantas mentiras estão lá?

Lúcia Gomes disse...

Cara Jeny, se a educação fosse gratuita, ou tendencialmente gratuita, como prevê a Constituição, talvez não tivesse que trabalhar nem ao domingo e talvez até encontrasse um trabalho compatível com a sua profissão. E, já agora, o pequeno comércio não pode abrir aos domingos, estão proibidos. Por que será? Por que será que a legislação pende sempre para os mais poderosos. Ninguém a quer impedir de viver. E achar que é opção livre "ter que trabalhar" para pagar os estudos é uma contradição nos seus termos. Se tem que, não escolheu. Eu também "tive que" trabalhar para pagar os estudos, não escolhi. Mas lutei e luto pelo ensino gratuito e de qualidade e pelo direito ao descanso e à vida familiar.