10 março, 2012

Na “Sénior”, foi bonita a festa pá

image Disse aqui eu a respeito do 16º aniversário da “Universidade Sénior” que a festa ia ser rija. E foi. Disse também que não ia. E fui. Para você que não foi, vou-lhe dar um lamiré do que por lá se passou e vem a propósito pois aquilo foi essencialmente musical.

O auditório estava a abarrotar, a sala não é pequeno e estava muita gente de pé. Um êxito logo para começar.

Dançou-se, que maravilha a coreografia sobre o tango e a valsa, dançados a solo quer por eles quer por elas. Então os homens, com um tal sincronismo que devem ter deixado Carlos Gardel muito contenta lá onde esteja. Houve e ouviu-se poesia muito bem declamada e Vasco de Graça Moura foi o poeta escolhido. Foi mesmo por aqui que se começou com o poema “Sonho Inglês da Sucata” dito por Irene Ribeiro, gostei muito até porque me tocou muito ou não seja profissionalmente, sucateiro. Apareceram os jograis e “Quando o…” de Natália Correia veio à cena, a sátira e o erotismo, passou com todo o esplendor pela plateia. Muito bem dito e muito aplaudido. Mas a maior ovação da noite foi para o Grupo Coral quando foi interpretado “o sole mio”, canção do folclore napolitano e o Pavarotti da noite, o italiano conheço, este tive que perguntar o nome, Daniel Junça, o tenor que foi aplaudido de pé. E mereceu. O folclore português também lá esteve numa coreografia que percorreu Portugal de lés a lés. Como se diz na gíria: muito bem sacado. Isto já vai longo, foram duas horas de espectáculo que passaram num instante e terminaram com o grupo de cordas, essencialmente feminino e dirigido por Lino Ferreira que deve ter no naipe de violinos uma via rápida para o stress. Gostei muito da sua versão do “el condor passa” e passou muito certinho o que não aconteceu noutras alturas, que Lino Ferreira aceitou com muito fair-play e humor. E nas cordas masculinas, ao violino, vi Vítor Fontes, que naquele palco vi muitas vezes noutras musicas.

O final da festa aconteceu com todos a cantar o “Parabéns a você”. Cortou-se o bolo no palco e depois houve bolo e vinho do Porto para todos nos corredores.

Apeteceu-me, se soubesse, cantar aquela do Chico Buarque em que ele diz: foi bonita a festa pá. Se foi.

4 comentários:

XEIRINHAS disse...

Digo naipe de violinos. Errei e já ouvi das boas cá em casa da "cavaquinista" residente.

Anónimo disse...

E o Vitinha já passou aos violinos? Ele nunca foi cavaquista.

bonequita disse...

Academia foi em grande e, lá isso existe grandes alturas. Os parabéns foram merecidos

César Augusto Santos disse...

Eu também fui e apreciei. Ao nível do que esta US nos habituou. Tão bom, também, ser espectador. Gostei, tal como os cinco que me acompanharam.
16 anos - Uma adolescência bem patenteada no palco. Parabéns.

César Santos