18 março, 2012

Veio Vítor Fontes de outra galáxia?

image por Henrique Ferreira
 
Na edição do Terras da Feira de 5 do corrente mês, o meu camarada Vítor Fontes resolveu elaborar um conjunto de apreciações críticas algo excessivas e, em alguns casos, injustamente contundentes, disparando em várias direcções, exercício que, como se sabe, faz-nos errar alguns alvos, pelo menos, quando não todos. É o preço da puerilidade e da patetice. Na circunstância, o meu camarada Vítor Fontes quis atingir politicamente o camarada António Cardoso, não observando prudentemente deveres de lealdade e de honestidade politicas em relação a esta camarada que o é de ambos e que não merecia a sua mal disfarçada censura
. É que eu recordo ao meu camarada Vítor Fontes que ele, Vítor Fontes, não aterrou no PS-Feira este mês, vindo da constelação Alfa Centauro: Ele faz parte integrante do nosso partido há alguns anos e é responsável por pelo menos parte do que poderão ser as nossas grandezas mas, igualmente, as nossas fraquezas, o que é uma verdade Lapalissiana ou, dito de outro modo, uma «tautologia», como diria o próprio camarada Vítor Fontes no costumado (bom) uso que faz da língua materna. Não pode eximir-se Vítor Fontes, a quaisquer responsabilidades políticas, alijando-as displicentemente e atirando-se como gato a bofe sobre os outros, num exercício inábil de exorcismo político: não é bonito e, sobretudo, não é justo nem leal da sua parte. Tenho para mim que melhor andaria Vítor Fontes se procurasse reflectir no interior do partido sobre as questões que de forma pouco responsável ou mesmo leviana coloca na praça pública. Estas declarações aceitam-se num noviço, num não iniciado, mas nunca num veterano da política como é ou deveria ser o camarada Vítor Fontes. Depois, o camarada Vítor Fontes não reúne suficiente legitimidade política para se alcandorar dentro do PS-Feira, ao nível e com o distanciamento que supostamente pretende. É que, como ambos e muitos outros sabemos, Vítor Fontes ainda não liderou nenhum cargo político no PS-Feira. Talvez agora eu presuma porquê em face do conteúdo dessa infeliz entrevista: Fazer juízos de valor em casa alheia é fácil. O difícil mesmo é tentar escapar por entre os pingos da chuva quando pretendemos fugir secos dum ambiente molhado para o qual concorremos porque simplesmente andamos nele. Vítor Fontes não se submeteu ao crivo da crítica porque não se expôs dentro do PS-Feira. Para isso seria necessário que o camarada Vítor Fontes se dispusesse a propor, discutir, aceitar, argumentar, rebater, ouvir e ser ouvido dentro do PS-Feira, um exercício de exegese política que não fez nem faz, ao que sei. Mais avisado andaria o camarada Vítor Fontes se procurasse dignificar o partido a que pertence, começando por se dignificar a si próprio, assumindo, por exemplo, um discurso diferente, politicamente (muito) mais maduro e consistente e abstendo-se de infantilidades políticas sob a forma de duas ou três boutades que em nada o dignificam e só acrescentam dificuldades à já conhecida situação partidária do PS-Feira. Não se apagam fogos com gasolina meu caro Vítor fontes. Nem se lava as mãos como Pilatos, assobiando para o lado enquanto a crucificação se avizinha.
Deveria saber o camarada Vítor Fontes que as suas declarações servem para gáudio dos nossos adversários políticos, delícia da informação publicada, que quer obviamente vender jornais, e desconforto interno gratuito do PS-Feira, via Vítor Fontes, que parece desconhecer que a «Alma Mater» de um partido político (também) é a sua capacidade de cerrar fileiras em torno de um projecto político devidamente discutido internamente e não na rua ou na esquina mais próxima, como parece querer fazer o camarada Vítor Fontes. Por outro lado, o camarada Vítor Fontes conhece o percurso caprichoso e cheio de conteúdo semiótico do boomerang: a certa altura, depois de o atirarmos à toa ele bate-nos na cabeça, com as consequências dolorosas que um político experimentado como Vítor Fontes deveria antecipar antes de produzir discursos incendiários ou, no mínimo, fracturantes que em nada ajudam o nosso partido. Como o camarada Vítor Fontes notou, apesar dos meu reparos e das minhas opiniões manifestadas num semanário do nosso Concelho, em momento algum, nessa longa entrevista, me desresponsabilizei da minha intervenção no Partido Socialista ao longo destes últimos anos. Antes pelo contrário: assumi e assumo a minha quota-parte de responsabilidade pelo de bom ou de mau que aconteceu no PS-Feira. Como facilmente o camarada Vítor Fontes pode concluir, tive o cuidado e a prudência de não divulgar naquela entrevista nada que possa prejudicar o nosso partido. A sua obrigação que, de resto, não cumpriu, era a de, pelo menos, fazer o mesmo ou, se não fosse capaz, calar-se. Falhou ambas as possibilidades: menorizou-se. Lamento e registo.
Henrique Ferreira
(Membro da Comissão Política Concelhia do PS)

16 comentários:

Anónimo disse...

É assim mesmo riquito. Só assim se percebe o murro nas fuças.

ROSA NEGRA disse...

Parabens Riquito não só de nome mas de português, aplicaste-o de primeira apanha, quem fala assim não é gago. Depois, é muito bonito chamar os bois pelo nome: pateta, leviano, infantil...
Mas Riquito, também te conheço há uns anitos. Sabes bem o que escreveste? Para defenderes o Cardoso precisavas mesmo de escrever tao bom português. Vais ter oportunidade de saber que os nossos camaradas não te entenderam. Eu sim ,porque te conheço bem e de gingeira.

Anónimo disse...

bou dizer:

-Quem se mete com o PS:LEVA!
-Quanto mais me bates mais gosto de ti (€€)
-Zangam-se as comadres,f****-se as verdades!
-Para quem já não tinha ambições politicas(€€),grande faladura (a fala sim,o texto não)

-

Anónimo disse...

Riquito... sim senhor... para quem andou aos murros ao garda redes, bem que te transformaste num bom samaritano. Deve ser da proximidade à Páscoa.
Tu, só tu, riquito, para nos fazeres rir. Assinaste um texto que, além de sabermos que não foste tu a escrever (o português utilizado é de uma pessoa que tem alguma intelectualidade), pois não tens dimensão moral sequer para pensar naquilo, é exactamente como o boomerang que se fala. Cai na tua cabecinha de rola que nem uma luva.
Por ti, por cardosos e por vários fontes e marcios é que o PS nunca ganhará na Feira. Sois fracos demais.

R.

Anónimo disse...

Não foi o Riquito que teve uns óculos partidos pelo Tony? Acho que é verdade, mas agora são grandes amigos e pelo que sabemos graças ao Bitó. O Bitó andou a acalmar a familia xuxa e agora estão contra ele, mal agradecidos.

Anónimo disse...

Pela crónica, pelas pessoasque defende e pelas que ataca, cheira-me a candidatura do guarda-redes e lá vai o riquinho na lista de vareadores. De qualquer das formas estando por fora do partido penso que foi uma intervenção sensata e tal qual os treinadores um recado para o plantel não será?

Anónimo disse...

quem escreve os textos deste dr. não é ele. o vitinha a malta do esquadro e do avental é assim. ai Sicília tu á beira de nós és uma santa terra. lá ainda se prende alguns, cá passeiam-se.

Anónimo disse...

Quer dizer que não há só ghostrider na Feira mas também ghostwriter ... Continuam na boa onda !

Anónimo disse...

Para além de outras considerações que eventualmente possa expender, gostei sobremaneira da expressão "... conseúdo semiótico do boomerang..." Não a percebi, mas gostei.

José Pinto da Silva

ROSA NEGRA disse...

Riquito a tua prédica vê-se pelas opiniões, foi brilhante. Sim senhor. Oculos partidos, murraças são escaramuças do passado mas que alguns teimam em não esquecer. Eles lá sabem porquê.Mas essa do boomerang está demais, até o Pintassilvo ficou atónito e não é para menos. Mas o efeito boomerang virou-se contra ti e apanhaste com ele nas bentas, o que não contavas. Olha um conselho de camarada, disseste que já não contavas para o totoloto, porque te ías reformar. Se assim for, acabaste em grande, tal como Baden Powel, fizeste a boa acção diária de um bom escuteiro. Põe-te na alheta, fazes pouca falta. Xau.

Anónimo disse...

Desampara a loja e vai a banhos. Cardosos, Riquitos, Vitinhas, vá lá, fazem parte da história o futuro não pode ser deles.

O Vitor não é um gajo porreiro disse...

Esse tachista do Vitor Fontes, não passa de um palhaço.
Cortaram-lhe a maminha da Assembleia da Republica e o sujeito não pára de dizer disparates!
Cala-te Vitor,não és digno de ser PS.
Levas-te com a tábua e estás arrumado para sempre.
já agora, estás na Aguia a mandar uns bitaites, quem te recomendou???
Não fosse mandatado pelo PS para o tal. E os outros é que são ajeiteiros?

Anónimo disse...

A legitimidade política do H. Ferreira resulta dos cerca de 300 votos de N. da Regedoura que guarda religiosamente na carteira e que usa sempre. Os militantes de Nogueira nem precisam de votar porque ele paga-lhes as quotas e vota por eles. É este que invoca legitimidade. São figuras destas que desonram a política.

Maria de Fatima disse...

O Vitinha Fontanário mereceu levar com a tábua, apesar do Henrique Ferreira ser um covardola, que se alia sempre numa lógica de dar cabo do Partido Socialista. agora anda aliado com um pseudo tachista o Orfeao Kid. Quanto ao Fontes esta na Aguia a defender o Condutor Fantasma do Feira Morta, porque e familiar e o seu filho com os All About Dance mantém negócios e que negócios com o primo Administrador Fantasma Condutor.

Anónimo disse...

Pois, pois, zangam-se as comadres dizem-se as verdades. O Vitinha disse aquilo, que muitos pensam e não t~em a coragem de o dizer...Não se esqueçam das várias tentativas e todas elas falhadas pelo guarda-redes.

Anónimo disse...

O Bita disse a verdade nua e crua, se o PS quer ser alternativo tem que fazer pela vida. Não basta mudar as moscas, é preciso ter projetos, ideias, e de preferencia com pessoas crediveis e que não tenha um passado ligado a derrotas e a politicas derrotistas. O PS só consegue ser alternativa quando se tornar credível, não é com Riquitos e uma cambada de taxistas que por lá andam que o é.